Estudo - Investimento social privado na Amazônia - Hub de Bioeconomia Amazônica

Estudo – Investimento social privado na Amazônia

Para crescer, de forma verde e sustentável, a Amazônia precisa de investimento

Guardiã da maior biodiversidade do planeta, a Amazônia é central no combate à crise climática e para a garantia de serviços ambientais que geram qualidade de vida e crescimento econômico para o Brasil e para o planeta.   

Para manter a floresta amazônica em pé, é preciso acelerar a transição para um cenário que coincida com uma economia aplicada em modelos de desenvolvimento sustentáveis, justos e inclusivos. Portanto, é necessário fortalecer iniciativas amazônicas baseadas em práticas e saberes tradicionais capazes de aproveitar ao máximo os recursos sem esgotá-los

Bioeconomia amazônica: catalisando uma economia da floresta em pé

Essa é a proposta da bioeconomia amazônica, um conjunto de atividades econômicas relacionadas às cadeias produtivas baseadas no manejo e cultivo da sociobiodiversidade nativa da Amazônia. Estão incluídas nessa concepção setores tão diversos como as cadeias de produtos florestais madeireiros e não madeireiros, a fruticultura, o pescado, os fármacos e a química fina.   

O conceito de bioeconomia amazônica que falamos aqui leva em consideração a conservação da sociobiodiversidade, o empoderamento das comunidades locais e a valorização dos conhecimentos e saberes de populações amazônidas. São comunidades ribeirinhas, quilombolas e povos originários, que vivem em contato e em sintonia com os ecossistemas da Amazônia. 

Apesar do seu potencial de transformação, a bioeconomia amazônica precisa superar uma série de barreiras para alcançar um crescimento mais acentuado. Alguns destes obstáculos são de caráter estrutural e incluem dificuldades em logísticas de transportes e de comunicação. Parte expressiva dos habitantes da região, por exemplo, tem acesso limitado à tecnologia e à informação.  

Esse cenário aponta para um baixo investimento privado em negócios de bioeconomia amazônica. Em um contexto em que os empreendimentos da região são, muitas vezes, avaliados pelo capital privado como de alto risco e com retorno financeiro a longo prazo, o capital filantrópico representa alternativa importante para o financiamento dessas iniciativas. 

O que é a filantropia estratégica ou investimento social privado?

No século XXI, pensar em Filantropia envolve enxergar um cenário em que organizações, de diversos tamanhos e capitais, trabalham com planejamento, aplicação sistemática e orientada de recursos e com construção de planos junto às comunidades beneficiadas. Essa nova dinâmica é chamada de investimento social privado ou filantropia estratégica. 

O investimento social privado na Amazônia brasileira precisa ser aderente às necessidades e peculiaridades da realidade local. Com características e demandas únicas, precisa de políticas e estratégias específicas de doação para causar impactos positivos e resultados sustentáveis 

A filantropia pode amortizar e criar espaço para a entrada de capital”. (Marcos Da-Ré, Diretor de Economia Verde da fundação CERTI)

 

Investimento Social Privado na Amazônia

O investimento social privado tem a capacidade de estimular um ambiente mais favorável tanto para os negócios amazônicos da sociobiodiversidade que necessitam de investimento, quanto para seus investidores. Afinal, estamos falando de um capital filantrópico que está atento às realidades locais e que se compromete com um papel socioambiental em prol da Amazônia. 

 

“Não dá para resolver os problemas do território como se fosse São Paulo, Nova York.” (Augusto Corrêa, Secretário Executivo do PPA)

 

A filantropia estratégica é um caminho para promover o aumento dos fluxos financeiros destinados à bioeconomia amazônica. Ela também pode fazer prosperar novos modelos de financiamento na região.

É o caso do blended finance (“financiamento misto”, em tradução livre), que combina diferentes tipos de capital – públicos, filantrópicos e recursos privados de investidores – para financiar negócios de impacto na Amazônia. 

Outro exemplo de instrumento de financiamento inovador que pode ser alavancado pelo investimento social privado é a “’Venture Philanthropy”, que mistura características da filantropia e do “venture capital” (“capital de risco” ou “empreendedor”, em tradução livre) em um tipo de investimento de impacto, retornável e potencialmente lucrativo.

Essa é uma das conclusões do estudo “Investimento Social Privado  na Amazônia: catalisando uma bioeconomia da floresta em pé”.

 

ACESSE O RESUMO EXECUTIVO AQUI 

 

Investimento Social Privado na Amazônia: catalisando uma bioeconomia da floresta em pé

Realizado pelo Instituto Humanize, em parceria com o Hub de Bioeconomia Amazônica, Green Economy Coalition (GEC) e Fundação Amazônia Sustentável (FAS), a publicação realizou um levantamento conceitual sobre bioeconomia amazônica e um mapeamento inédito de 154 atores estratégicos e iniciativas com potencial para dinamizar a bioeconomia na Amazônia em escalas regionais, nacionais e internacionais.

 

CONFIRA A LISTA DE ORGANIZAÇÕES ESTRATÉGICAS PARA A BIOECONOMIA AMAZÔNICA

 

Também foram feitas entrevistas com representantes de 19 organizações de diferentes setores – poder público, sociedade civil, iniciativa privada –  que apontaram os desafios e possibilidades de fortalecimento do investimento social privado  na bioeconomia amazônica.

 

UMA NOVA ECONOMIA É POSSÍVEL NA AMAZÔNIA

Investimento Social Privado na Amazônia

O estudo apresenta recomendações para consolidar o ambiente da filantropia estratégica como um catalisador da transformação necessária por meio de ações de apoio ao desenvolvimento da bioeconomia no contexto amazônico, entre elas:

  • Demandar e buscar influenciar a criação de uma política nacional de bioeconomia que leve em consideração as particularidades da Amazônia e os esforços já empregados para o desenvolvimento de políticas regionais em curso em alguns estados da Amazônia Legal.
  • Incentivar a ampliação e criação, pelo setor público, em seus diversos níveis, de linhas de financiamento; incentivos fiscais e estímulos à pesquisa, tecnologia e inovação específicos para as atividades e produtos da bioeconomia.
  • Abrir espaço de diálogo com as instituições financeiras para que as normas socioambientais, de governança e climáticas, ora em construção no setor, contemplem questões associadas à bioeconomia amazônica.
  • Difundir um conceito mais uniforme de bioeconomia amazônica – sem prejuízo de particularidades regionais – e construir narrativas que aproximem a sociedade do tema e da realidade da bioeconomia.

 

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