Com o objetivo de colaborar no desenvolvimento de uma política estadual de bioeconomia no Estado do Amazonas, junto à iniciativa privada e o terceiro setor, o Hub de Bioeconomia Amazônica apresentou suas contribuições no “Workshop Piloto de Planejamento de Bioeconomia no Estado do Amazonas”, realizado nos dias 12 e 13 de julho, em Manaus (AM).
O encontro, promovido pela Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF Task Force), aconteceu no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e reuniu diversas organizações e tomadores de decisão que atuam com o tema.
O objetivo do workshop foi recolher diferentes experiências e olhares para a criação de um mapa estratégico e um plano de transição da economia tradicional para uma bioeconomia inclusiva e justa no Amazonas. Ao longo dos dois dias, os participantes debateram tópicos relacionados às cadeias produtivas locais, produção rural, conservação ambiental, ecoturismo e outros temas de bioeconomia.
Para nortear o debate, alguns dos documentos referenciados foram o Plano de Recuperação Verde da Amazônia Legal (PRV), o Plano Estadual de Bioeconomia do Pará (PlanBio), o Plano de Ação de Manaus para uma Nova Economia Florestal, publicação realizada pela Universidade de Notre Dame e FAS para a cadeia do pirarucu e estudo Nova Economia na Amazônia (NEA).
Para Marysol Goes, facilitadora do Hub de Bioeconomia Amazônica, o evento teve uma grande importância. “A construção de uma política estadual de bioeconomia no Estado do Amazonas é um marco importante e inédito para a construção de diretrizes claras para o fomento de uma bioeconomia na região. A participação de diversas organizações e lideranças do ecossistema é fundamental para a formulação de uma política pública inovadora, que esteja à serviço e implemente soluções práticas para problemas reais enfrentados, principalmente, por populações de territórios mais remotas da Amazônia. É apenas através de alianças entre diferentes setores, fortalecimento de diálogos e vontade política que conseguiremos superar desafios estruturantes para uma bioeconomia próspera e inclusiva na Amazonia”, enfatiza.
Além disso, Marysol ressalta o fato do Amazonas ter o grande desafio e a responsabilidade de ser exemplo para outros estados da Amazônia Legal por ser um dos estados mais populosos da região e ter a maior porcentagem de áreas naturais do Brasil.
Além do Hub, algumas das organizações que marcaram presença foram as secretarias de Meio Ambiente (SEMA), de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEDECTI), e de Produção Rural (SEPROR) do Estado do Amazonas; a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID); a Universidade do Estado do Amazonas (UEA); a Rede de Mulheres Indígenas do Estado do Amazonas (Makira E’ta); a Universidade do Colorado; e outros.
No evento, também foi criado um Grupo de Trabalho (GT) especial para apoiar e orientar o Governo do Amazonas na implementação da estratégia de transição na região.
A expectativa é que o GT se reúna novamente em outubro deste ano para validar a minuta da política e apresentá-la na 28ª Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP), em dezembro, em Dubai.
Sobre o Hub de Bioeconomia Amazônica
O Hub de Bioeconomia Amazônica é uma rede local, regional e global que conecta e articula organizações e lideranças para amplificar soluções para uma bioeconomia inclusiva na Amazônia. É secretariada pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e vinculada à Green Economy Coalition (GEC), uma das maiores alianças globais de organizações multissetoriais engajadas na promoção de uma economia verde e justa no mundo.
Acesse https://bioeconomiaamazonia.org/ e saiba mais.