Recuperação econômica e a Amazônia - Hub de Bioeconomia Amazônica

Estudo – A recuperação econômica do Brasil no pós-pandemia precisa da Amazônia

A pandemia da Covid-19 exigiu, no mundo todo, a implementação de medidas governamentais para a recuperação econômica dos países. No Brasil, R$ 520 bilhões foram gastos no combate aos efeitos econômicos da crise sanitária.

Mas qual é o papel da Amazônia?

De acordo com relatório do ​Fórum Econômico Mundial​, priorizar a natureza e integrar o capital natural na tomada de decisões econômicas em meio à pandemia de Covid-19 poderia criar 395 milhões de empregos e mais de US$ 10 trilhões em valor anual de negócios até 2030.

Capital natural são os recursos naturais e ecossistemas que, com sua biodiversidade, oferecem benefícios diversos aos seres humanos.

A Amazônia é responsável por mais de 60% do território nacional e é o bioma com a maior biodiversidade cultural do planeta. Poderia, portanto, ter papel-chave no processo de recuperação da crise

 

A AMAZÔNIA NO CENTRO DA POLÍTICA E DA ECONOMIA

Até agora, entretanto, a Amazônia não esteve considerada na elaboração e implementação das mais importantes medidas de recuperação econômica no país e as principais atividades fomentadas na região são um risco ao bioma, às populações locais e à regulação climática no planeta. 

Essa é a conclusão do novo estudo coordenado pelo Hub de Bioeconomia Amazônica em parceria com o Programa “Economics  For Nature” da Green Economy Coalition (GEC) e International Institute for Environment and Development (IIED), que traçou um panorama sobre o impacto das medidas políticas, econômicas e fiscais adotadas pelo Governo Federal entre 2020 e 2021 para influenciar planos de recuperação econômica verde no Brasil tendo como foco os estados da Amazônia Legal. 

 

ACESSE O RESUMO EXECUTIVO AQUI 

 

Economia Verde na Amazônia no Contexto da Covid-19: o capital natural no centro das decisões políticas e econômicas 

O trabalho, em primeiro lugar, identificou as medidas implementadas e o impacto delas. Foi apontado que:

MEDIDAS DE IMPACTO NEGATIVO À AMAZÔNIA
LIDERAM A LISTA

O estudo identificou as medidas implementadas e o nível de impacto sobre o capital natural, classificando-as em negativa alta, negativa baixa, positiva baixa, positiva alta ou indefinida.

Entre as positivas, destacam-se ações de apoio a diversas áreas e setores econômicos: agricultura familiar, infraestrutura, bioeconomia e PD&I.

Já as negativas se concentram nas áreas de agropecuária e mineração.

R$ 54 bilhões dessas medidas devem gerar impacto na Amazônia

O estudo apontou caminhos possíveis para o problema. 

Há soluções

A ausência de medidas específicas de valorização do capital natural a nível federal, mostrou o estudo, deixou espaço para o protagonismo dos governadores da Amazônia com a formulação de um Plano de Retomada Verde (PRV).  

Em terceiro lugar, o estudo realizou uma série de recomendações para aprimoramento na implementação do plano e apontou caminhos possíveis na realização de estratégias de recuperação verde no Brasil.  As recomendações estão divididas em 4 principais eixos: Freio ao desmatamento ilegal, Desenvolvimento produtivo sustentável, Tecnologia verde e capacitação, Infraestrutura verde

 O estudo, por fim, é uma ferramenta para subsidiar e influenciar os tomadores de decisão para investir recursos no bioma, cuja bioeconomia é extremamente importante para a recuperação econômica brasileira. Também serve para apoiar discussões e disseminar experiências de políticas subnacionais bem sucedidas de recuperação econômica baseada na natureza no contexto de Covid-19.  

A publicação é parte do estudo global “Mainstreaming Natural Capital Approaches in Economic Decision-Making” sobre recuperação econômica verde no contexto da COVID-19, e conta com a participação de estudos de casos do Brasil, França, Índia e Uganda. 

Foi coordenada no Brasil pelo Hub de Bioeconomia Amazônica, coalizão entre a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e Green Economy Coalition (GEC), em parceria com o Programa “Economics  For Nature” da Green Economy Coalition (GEC) e International Institute for Environment and Development (IIED). 

Este trabalho é financiado pela Fundação MAVA.

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