Hub de Bioeconomia Amazônica destaca colaboração radical e engajamento juvenil na Global Experience Amazônia - Hub de Bioeconomia Amazônica

Hub de Bioeconomia Amazônica destaca colaboração radical e engajamento juvenil na Global Experience Amazônia

Um modelo de bioeconomia inclusivo, alinhado com um forte engajamento juvenil e uma colaboração radical foram os principais destaques do Hub de Bioeoconomia Amazônica na primeira edição da Glocal Experience Amazônia.

A participação do Hub aconteceu no painel “Como a Floresta Viva Impulsiona Para a Sociobiodiversidade”, na tarde do último domingo (27), no Centro Cultural Palácio da Justiça do Amazonas, que fica localizado no Centro Histórico – Zona Sul de Manaus.

O painel reuniu cinco especialistas para debater o tema: Marysol Goes, facilitadora do Hub de Bioeconomia Amazônica; Fábio Calderaro, gestor do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA); Eduardo Taveira, secretário de Estado do Meio Ambiente (SEMA/AM); e Pedro Hartung, diretor executivo da Alana Foundation; Peter Houlihan, vice-presidente executivo de Biodiversidade e Conservação da XPRIZE.

Marysol destacou um levantamento do Global Forest Watch que apontou uma perda de 4,1 milhões de hectares de florestas tropicais primárias em 2023, o equivalente a 11 campos de futebol por minuto. Do total, o Brasil foi responsável por 43,1%.

Atualmente, o Hub recebe apoio de várias organizações regionais, nacionais e internacionais, formando um processo de colaboração radical em prol do desenvolvimento sustentável da Amazônia. 

“Temos uma bioeconomia inclusiva em curso. Ela é possível, mas não será realizada se apenas um ator estiver engajado. Temos questões relacionadas à legislação ambiental, pesquisa científica, investimentos para negócios de impacto e vários outros. […]. Outro ponto-chave da discussão é o papel dos amazônidas, pois é um modelo pensado por eles e para eles, logo é imprescindível as lideranças comunitárias nas cadeias de produção. Mas para isso, precisamos de incentivo”.

Em relação à juventude, Marysol reforçou o potencial para o desenvolvimento da bioeconomia inclusiva na Amazônia. “Se quisermos integrar o ecossistema, não podemos deixar os jovens de fora. O que vemos atualmente é uma ‘fuga do cérebro jovem’, onde eles se encontram, muitas vezes, sem emprego e perspectiva de vida. Isto é uma demanda social de grande relevância”.

Outros pontos

Os especialistas ainda debateram outros pontos relevantes, como o Polo Industrial de Manaus (PIM); desenvolvimento local e  de regiões além dos centros urbanos; integração da Amazônia ao Brasil; relações comerciais justas entre produtor e atravessador; e mapeamento da biodiversidade regional e seus desafios.

Marysol finalizou enfatizando a importância de olharmos para a ‘Amazônia 1.0’ e as necessidades básicas de seus povos. 

“Se fala muito de mercado de carbono, bioindústrias e uma ‘economia moderna da floresta. Vale lembrar ainda do comprimento dos direitos básicos de acesso à saúde, educação, saneamento nas comunidades e regiões locais”, finaliza.

Sobre o Hub de Bioeconomia Amazônica

O Hub de Bioeconomia Amazônica é uma rede local, regional e global que conecta e articula organizações e lideranças para amplificar soluções para uma bioeconomia inclusiva na Amazônia. É secretariada pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e vinculada à Green Economy Coalition (GEC), uma das maiores alianças globais de organizações multissetoriais engajadas na promoção de uma economia verde e justa no mundo.

Acesse: https://bioeconomiaamazonia.org/ e saiba mais.

Create your account