Auditório Lidia Parisotto sedia oficina sobre serviços ambientais no Amazonas - FAS - Fundação Amazônia Sustentável
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Auditório Lidia Parisotto sedia oficina sobre serviços ambientais no Amazonas

Auditório Lidia Parisotto sedia oficina sobre serviços ambientais no Amazonas
agosto 26, 2016 FAS

Auditório Lidia Parisotto sedia oficina sobre serviços ambientais no Amazonas

26/08/2016

Por Camila Oliveira*

O Fórum Amazonense de Mudanças Climáticas (Famc) realizou nesta quinta e sexta-feira (25 e 26)  a Oficina de Serviços Ambientais do Estado do Amazonas, em parceria com a Fundação Amazonas Sustentável (FAS), a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), o Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam) e a Fundação Vitória Amazônica (FVA).

O evento tem por objetivo construir um novo arranjo da Política Estadual de Serviços Ambientais do Amazonas, a fim de definir estratégias e ações para regulamentação da Lei de Serviços Ambientais. No espaço foram apresentados as oportunidades e os desafios para o fortalecimento do subprograma REDD+ no Amazonas, opções de financiamento e o papel do estado junto a Comissão Nacional de REDD+ na Estratégia Nacional.

O Coordenador do Programa de Soluções Inovadoras da FAS, Victor Salviati, explicou sobre o subprograma de REDD+ no Amazonas, que funciona no âmbito da Lei de Serviços Ambientais do Estado do Amazonas e busca regulamentar todas as práticas de conservação e restauração florestal que necessitam de financiamento.

“A Comissão Nacional de REDD+ é um instrumento dentro da Estratégia Nacional de REDD +, e tem um papel importante de regulamentar a estratégia nacional e todas as práticas de captação e implementação de projetos de conservação florestal no Brasil. O Governo do Amazonas faz parte dessa comissão e é uma voz muito importante, pois o estado é a ultima fronteira do desmatamento com 97% das suas florestas intactas. Essas taxas de desmatamento, apesar de estarem aumentando, são ainda, muito baixas, com relação ao tamanho do território do estado. E agora, com a aprovação da Lei de Serviços Ambientais, [o estado] tem grande potencial para nos próximos meses retomar a vanguarda e liderança das questões climáticas no mundo”.

Na abordagem jurisdicional do Programa REDD+, Pedro Soares, do Programa Carbono Neutro, do Idesam, explicou sobre a forma comum e integrada utilizada para a distribuição de benefícios do REDD+, pensada em um mecanismo que funcione para toda a Amazônia.

“A abordagem busca ser um critério de divisão e distribuição de benefícios que leve em conta a taxa de desmatamento e as áreas de florestas que ainda estão conservadas. Ã? uma metodologia de divisão do benefício que busca equilibrar e não fazer o REDD+ funcionar apenas para áreas que tem desmatamento, mas também para regiões que conservaram floresta e que devem ser também reconhecidas e recompensadas.”

As atividades aconteceram durante todo o dia 25, com palestras e trocas de experiências, e seguem no dia 26.

Para Luís Henrique Piva, Secretário Executivo da SEMA, a Política dos Serviços Ambientais do Amazonas está dando um passo decisivo e importante na continuidade do processo, e a criação de um conselho temático ajuda a discutir a regulamentação e assim avançar com as suas práticas.  

“A política precisa definir oito ferramentas que ainda serão regulamentadas, a ideia de criar um grupo permanente para discussão sobre essas ações, ajuda o sistema a entrar em vigência o quanto antes. Toda a construção foi participativa e a sociedade civil é autora dessa política. O que estamos fazendo aqui é alimentar o processo de participação”, ressaltou.