Primeira Infância Ribeirinha leva atenção básica em saúde para crianças de Tefé-AM
09/04/2019
O atendimento em saúde para crianças ribeirinhas de Tefé-AM (646km de Manaus) ganhou o reforço do projeto Primeira Infância Ribeirinha (PIR), iniciativa da Fundação Amazonas Sustentável (FAS). A ação foi apresentada neste mês para profissionais de saúde, educação e assistência social do município, que terão o trabalho de multiplicar as orientações para os Agentes Comunitários de Saúde. Até novembro, a FAS pretende tornar 260 pessoas aptas a desenvolverem a função.
A apresentação do projeto reuniu representantes da Secretaria Municipal de Saúde, Assistência Social e Educação de Tefé. Cerca de 95 pessoas ligadas a essas áreas tiveram conhecimento da programação a ser executada até o fim de 2019 com apoio da Rosneft. A expectativa é capacitar os profissionais para que possam realizar visitações de acompanhamento de saúde em crianças de zero a seis anos, período essencial para o desenvolvimento infantil.
“Esses profissionais vão acompanhar e detectar desde a gestação até a criança completar seis anos de idade dentro de uma metodologia. Temos o Guia de Visitação Familiar. Esse material é composto por 93 visitas, então o ACS se torna um profissional apto na temática de Primeira Infância”, explicou a coordenadora Franci Lima.
Segundo Franci, o PIR foi criado para complementar o nível de conhecimento dos profissionais. “A própria gestão local, de uma forma geral, não consegue chegar até essa população que precisa. Analisando dessa forma vemos que os direitos da infância na área ribeirinha não são garantidos. É uma triste realidade, mas pelo trabalho que a gente desenvolve pela fundação, a gente consegue repassar a realidade local para órgãos competentes”, explica.
Atenção integral na infância
O projeto Primeira Infância Ribeirinha em Tefé teve início em novembro do ano passado com articulações locais. Em março deste ano ele foi apresentado oficialmente, e no mês de abril terá início o primeiro ciclo de formação dos profissionais de nível superior. A expectativa é que até novembro as atividades sejam concluídas.
O PIR tem como meta formar oficialmente 57 profissionais multiplicadores para repassar as informações a 260 agentes comunitários. Muitas vezes, são eles que executam o papel de médico nas comunidades mais afastadas do Amazonas. Entretanto, com esse grupo qualificado pela iniciativa da FAS, quase 9 mil crianças ribeirinhas poderão ser acompanhadas de forma mais ativa em comunidades mais afastadas das zonas urbanas.
“A proposta do PIR é empoderar os agentes comunitários para melhor ajudar a população local de maneira preventiva com assuntos diversos, desde aleitamento materno, alimentação complementar, cuidados com a Primeira Infância, vínculo familiar, entre outros”.
Fotos: Divulgação/PIR