As queimadas afetam diariamente a vida de diversas comunidades, principalmente na Amazônia
Ao longo do prazo, as temporadas de seca acendem um alerta para a sociedade e governos. Nessa época do ano, os números de focos de incêndios tendem a aumentar, representando riscos à vida da fauna, flora e das populações humanas que habitam não apenas em áreas florestais, mas também em perímetros urbanos onde o fogo avança. No fim do primeiro semestre de 2024, as manchetes de notícias e preocupações nacionais se voltam ao Cerrado e ao Pantanal, biomas severamente afetados pelas queimadas. De acordo com o monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), os últimos seis meses registraram os piores índices de destruição florestal da série histórica no Pantanal, com 700 mil hectares consumidos pelos incêndios.
No Norte do Brasil, as queimadas são um problema recorrente, apesar da recente retomada e reforço na política ambiental: em outubro de 2023, durante o auge de um período de seca extrema, a Amazônia contabilizou 22.061 focos de queimadas, um aumento de 59% em comparação ao ano anterior, ainda segundo os dados do INPE. Com a chegada do 2º semestre, também se aproxima um novo tempo de seca na região amazônica que, na visão de órgãos oficiais de fiscalização e especialistas, pode ser tão ou mais severa que a de 2023.
Entenda as diferenças das queimadas na Amazônia, no Pantanal e Cerrado:
Queimadas no Cerrado
O Cerrado é um bioma brasileiro caracterizado por árvores baixas e densa vegetação herbácea. As queimadas nesses ambientes frequentemente são utilizadas para manejo agrícola, como limpeza de pastagens, preparo de áreas para plantio e renovação de pastagens. As queimadas no Cerrado são geralmente de alta intensidade e se propagam rapidamente devido à vegetação seca, afetando a biodiversidade e comunidades locais e podendo levar à degradação do solo.
As queimadas acontecem principalmente através das ações humanas.
Crédito: Orlando Júnior
Queimadas no Pantanal
O Pantanal, em comparação, é uma das maiores áreas úmidas do mundo, com grandes planícies alagáveis, vegetação adaptada a inundações sazonais e diversidade de vida selvagem. Nessa parte do Brasil, as queimadas geralmente são causadas por atividades humanas como preparo de terreno para agricultura, queima de lixo e, ocasionalmente, por raios durante períodos secos. As queimadas no Pantanal ocorrem geralmente durante períodos de seca intensa e ventos fortes, alastrando-se pelas áreas alagadas e secas, com impactos severos na fauna e flora adaptadas a ambientes úmidos, além de comprometerem os serviços ecossistêmicos oferecidos pela região.
Queimadas na Amazônia
Conhecida por florestas tropicais densa, com uma biodiversidade extremamente rica e árvores de grande porte, na Amazônia as queimadas frequentemente são de larga escala, podendo gerar incêndios florestais de grandes proporções devido à densidade da vegetação e às condições climáticas. As queimadas são frequentemente causadas por desmatamento ilegal, especulação de terras, “limpeza” de áreas para agricultura e pecuária, além de serem usadas para a remoção de áreas já desmatadas.
Crise climática e as queimadas
Os incêndios devastadores que o Brasil tem vivido nos últimos anos, no Pantanal, Cerrado, Amazônia e em outros biomas, tem relação direta com a escalada da temperatura em nível global. Temperaturas mais altas aumentam a evaporação e secam a vegetação, tornando-a mais propensa a incêndios.
A crise climática também altera os padrões e regimes de chuva, levando a períodos mais secos e prolongados em certas regiões. Com menos volume de chuvas, a umidade no solo e na vegetação diminui, o que aumenta o risco de incêndios.
Esses eventos não apenas intensificaram as emissões de carbono na atmosfera, mas também ameaçam a biodiversidade única da região e a subsistência de comunidades e povos tradicionais que tem uma relação íntima e harmoniosa com a floresta.
FAS e o combate às queimadas na Amazônia
A Fundação Amazônia Sustentável (FAS) desempenha um papel relevante no apoio a organizações locais e governos regionais no combate às queimadas na Amazônia por meio de iniciativas integradas.
Em uma parceria com o Governo do Amazonas, a FAS dá suporte ao combate de incêndios florestais em nove municípios prioritários no estado. A cooperação envolve a aquisição de materiais, equipamentos, formação de equipes de brigadistas locais e campanhas públicas de conscientização.
A FAS também promove programas de educação ambiental e sensibilização comunitária em Unidades de Conservação e outros territórios na Amazônia para promover práticas sustentáveis e reduzir as causas das queimadas, como o desmatamento ilegal e as queimadas não controladas.
Assim, a FAS desempenha um papel essencial na proteção da maior floresta tropical do mundo, trabalhando em parceria com comunidades locais e outras organizações para garantir a conservação ambiental e a sustentabilidade da Amazônia.
Créditos: Samara Souza
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A Fundação Amazônia Sustentável (FAS) está junto com governos e sociedade civil no combate às queimadas na Amazônia, trabalhando para promover práticas sustentáveis e desenvolvimento econômico para as comunidades locais. Ao doar para a FAS, você está investindo no futuro da Amazônia e das gerações futuras, garantindo que a maior floresta tropical do mundo continue a prosperar. Junte-se a nós nesta causa e faça a diferença hoje mesmo!