Walmart faz acordo para venda de peixes do Amazonas e estuda doação à FAS
28/03/2010
O presidente do Walmart no Brasil, Hector Nuñes, se comprometeu, durante o Fórum Internacional de Sustentabilidade em Manaus, a vender peixes do Amazonas em suas lojas em todo o País. Hector Nuñes garantiu também que vai estudar a possibilidade de compra de R$ 20 milhões em cotas da Fundação Amazonas Sustentável – FAS, o que representaria duas mil novas famílias beneficiadas pelo Programa Bolsa Floresta.
Nuñes, Braga e Lírio Parisotto (vice-presidente do Conselho da FAS) durante o acordo (Crédito: Chico Batata/Agecom)
Sobre o acordo para a venda do pescado, Nuñes atendeu a uma sugestão do governador do Amazonas, Eduardo Braga, anfitrião do evento que discutiu, durante os dias 26 e 27 de março, ações de preservação da floresta amazônica e ações de sustentabilidade. Segundo Braga, o peixe é o produto que mais gera empregos para a população que vive na região. “Esta é a maior resposta do Fórum para quem está lá na floresta”, disse o governador.
Governador Eduardo Braga na apresentação do FIS (Crédito: Chico Batata/AGECOM)
O acordo foi realizado durante um debate com outros 16 empresários sobre “A Responsabilidade das Empresas em uma Economia Sustentável”, perante todos os participantes que estavam na plenária do evento.
Um dos pontos mais debatidos entre os empresários foi a importância da participação do capital privado na construção de uma economia sustentável. “Boas práticas sustentáveis serão imprescindíveis não só para o negócio, mas para a nossa sobrevivência”, afirmou Eduardo Braga.
O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) destacou a vitória da aprovação da Lei dos Resíduos Sólidos na semana passada. Esta era uma reivindicação dos empresários ligados ao LIDE. Além disso, Mercadante falou sobre a polêmica envolvendo o desmatamento das florestas brasileiras a partir da expansão das áreas para plantio e pecuária. Segundo ele, o Brasil é o segundo maior produtor e exportador mundial de alimentos. Mesmo assim, “ninguém tem o direito de colocar a referência da agricultura na frente da questão ambiental. Podemos pagar um preço histórico por isso.”
O diretor-geral do jornal O Estado de São Paulo, Rubens Prata, criticou as empresas de comunicações do País, ao afirmar que a imprensa ainda olha a sustentabilidade como notícia, e não como uma bandeira a ser levantada. “A mídia está fazendo pouco”, afirmou. A presidente do jornal A Crítica, de Manaus, Cristina Calderaro, ressaltou a importância do jornal como ferramenta de divulgação do assunto. “Pautamos o mundo inteiro”, disse.