FAS apresenta suas experiências em fórum na República Democrática do Congo
14/10/2011
O “Fórum de Alto Nível sobre Floresta e Mudança Climática”(Forum de Haute Niveau sur la Forêt et Changement Climatique”, em francês) foi realizado nos dias 10 e 11 de outubro em Kinshasa, na República Democrática do Congo (RDC).
O evento foi organizado pelas Nações Unidas com o objetivo de incentivar a RDC a se envolver na economia verde. Com 145 milhões de hectares de florestas tropicais, a segunda maior do mundo depois da Amazônia, o país tem uma considerável influência para participar na mitigação das mudanças climáticas e se beneficiar de um financiamento internacional.
Reunião debateu estratégias e apresentou novos rumos para redução do desmatamento no Congo e outros países
Durante dois dias, especialistas congoleses e internacionais especializados no desenvolvimento sustentável e meio ambiente refletiram sobre as estratégias de gestão dos recursos naturais da RDC. A gestão eficaz destes recursos tem efeito direto na mitigação dos efeitos nocivos da mudança climática em nível local e global.
A FAS foi convidada para expor suas experiências relacionadas ao tema e foi representada pelo gerente do Programa Internacional, Gabriel Ribenboim. Sua apresentação foi focada nas atividades da FAS voltadas para o pagamento por serviços ambientais, projetos de REDD e Cooperação Sul-Sul, respectivamente, através do Programa Bolsa Floresta, Projeto de REDD do Juma, e de três grandes atividades de cooperação internacional com países africanos, incluindo a RDC.
“A cooperação entre países em desenvolvimento é de extrema importância. Como os desafios encontrados são similares, as soluções tendem a ser mais facilmente adaptáveis” conclui Ribenboim.
O ministro congolês de Meio Ambiente, Conservação e Turismo, José Endundo, salientou o importante papel que seu país vem desempenhando na África e no mundo e destacou mecanismos inovadores aplicados na RDC para o desenvolvimento da agricultura.
O diretor do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Achim Steiner, explicou às autoridades congolesas que o país pode receber por volta de US$ 900 milhões por ano com a manutenção de suas florestas.
A mensagem enviada pelo Presidente Joseph Kabila aos participantes do fórum explicita a necessidade de acelerar o financiamento da luta contra o desmatamento e aquecimento global, principalmente quando milhões de pessoas dependem diretamente das florestas para seu alimento ou de fornecimento de energia.
O continente africano contribui com cerca de 4% das emissões de gases de efeito estufa para atmosfera, um valor insignificante quando comparado com as regiões desenvolvidas. No entanto, é uma das regiões mais vulneráveis e afetadas pelas alterações climáticas.