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Olhos da Amazônia

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O cenário é um rio amazônico. Nele mora Tatiana, da comunidade Saracá. Mora Tainara, da comunidade Três Unidos. Mora Roberto, da comunidade Tumbira. Mora Adriana, da comunidade Santa Helena do Inglês. 

Quatro pessoas, quatro comunidades diferentes. 

Tatiana, quando criança, transformava parte da árvore de açaí em boneca pra brincar. Com essa mesma idade, anos depois, Tainara começava a aprender a mexer no celular. Quando tinha a idade atual de Tainara, Roberto ansiava por ingressar em uma corporação militar e ganhar a vida. Adriana pouco viu da infância – cedo perdeu os pais, cedo começou a trabalhar

Tumbira é o nome de um povo indígena que morava na região há centenas de anos, mas também de bicho de pé. Saracá significa formiga brava – as que sobem na roupa de quem ainda senta embaixo das árvores na pequena comunidade. Santa Helena do Inglês juntou nome de time de futebol com a história de um casal de ingleses que, reza a lenda, há cem anos morava no lugar. 

As comunidades, palcos de histórias diferentes em tempos distintos, são entrelaçadas por um passatempo infantil predileto em comum: pular e nadar nas águas escuras do rio Negro nos tempos de cheia. É o rio que percorre as quatro comunidades, o rio que atravessa vidas e as conecta outras. 

É também onde a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) cresceu e tomou forma para hoje ser quem é: Amazônia – mais de um rio: muitos. 

Comece na comunidade de Três Unidos, com Tainara: 

Agora vamos para o Saracá, com Tatiana: 

Na comunidade Santa Helena do Inglês, Adriana: 

E no Tumbira, Roberto:  

Os quatro são moradores de unidades de conservação (UCs) – áreas protegidas que alinham conservação ambiental e desenvolvimento socioeconômico em uma das florestas mais importantes do mundo na luta contra a crise climática.

A saúde não espera. No tratamento de doenças e na resposta técnica e qualificada no tempo exato, a tecnologia é aliada para driblar distâncias e trazer mais perto atendimento a quem precisa. Por isso, 66 pontos de telessaúde já foram instalados em 22 municípios, 22 Unidades de Conservação (UCs) e 16 Terras Indígenas (TIs) na Amazônia. 

Os pontos de conectividade são equipados com estrutura de atendimento e acesso à internet para consultas online e têm à disposição as especialidades de medicina, enfermagem e psicologia. Desde o começo da iniciativa, mais de 2.300 pessoas foram atendidas através do sistema de telessaúde.  

A FAS também atua na implementação de sistemas de energias limpas e renováveis, como as de origem solar, que garantem o funcionamento de unidades de atendimento em áreas ribeirinhas e rurais da região. 

“A falta de energia é um problema muito grande para nós como profissionais. Quando a gente tem uma criança, por exemplo, com pneumonia, é uma doença que a gente pode tratar aqui mesmo no polo, só que, devido à falta de energia, não tem como fazer a nebulização, então a gente tem que remover a criança para o município mais próximo”, explica a enfermeira do Polo Base do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Médio Rio Solimões e Afluentes (MRSA), Claudia Mariscal. Em 2020, placas solares foram instaladas no polo, que atende cerca de 105 famílias do povo Madija Kulina. 

As transformações e a atual realidade dessas quatro pessoas dão uma mostra de que a criação dessas áreas é capaz de trazer prosperidade e qualidade de vida para as pessoas que nela moram.  

Na Semana da Amazônia, vamos mostrar a Amazônia pelos olhos delas – com passado, presente e futuro. É a vida de gente que nasceu, cresceu e vive para manter a Amazônia de pé com e para todas as pessoas – o propósito da instituição. São as pessoas que mostram que a Amazônia é floresta, mas também é gente. 

E a gente é Amazônia. 

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