Ministra de Clima e Ambiente da Noruega visita comunidades atendidas pela FAS e Fundo Amazônia
16/09/2015
A ministra de Clima e Ambiente da Noruega, Tine Sundtoft, esteve no Amazonas nesta terça-feira (15) para conhecer iniciativas de geração de renda e associativismo que beneficiam mais de 40 mil pessoas no interior do Estado, por meio da Fundação Amazonas Sustentável (FAS). A comitiva norueguesa veio ao Brasil para acompanhar projetos apoiados pelo Fundo Amazônia/BNDES, e visitará localidades apoiadas pelo Programa Bolsa Floresta (PBF) na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Rio Negro, uma das 16 Unidades de Conservação (UCs) que recebem apoio da FAS.
Além dos membros do governo norueguês, estiveram na delegação a embaixadora da Noruega no Brasil, Aud Marit Wiig, o superintendente geral da FAS, Virgílio Viana, o chefe do Departamento de Mudanças Climáticas e Unidades de Conservação (Demuc) do Amazonas, João Bosco Silva, além de representantes do Ministério de Meio Ambiente do Brasil (MMA) e do Fundo Amazônia/BNDES.
A Noruega é o principal parceiro do Fundo Amazônia, e no Amazonas, tem no Bolsa Floresta um de seus principais projetos. Por meio do Programa, iniciativas de geração de renda e fortalecimento comunitário são desenvolvidos em 576 comunidades do interior do Estado, com mais de 1.400 projetos de apoio à geração de renda, mais de 890 projetos de apoio ao associativismo e mais de 500 oficinas participativas nos Ultimos cinco anos.
“Um dos grandes trunfos da parceria com o Fundo Amazônia é o caráter participativo dos investimentos. Sempre são feitas oficinas para definição de como os recursos serão executados, o que traz transparência e maior eficiência na aplicação dos recursos”, enfatizou o superintendente geral da FAS, Virgílio Viana.
O apoio ao Bolsa Floresta é realizado por meio de dois componentes. O primeiro, Bolsa Floresta Renda, visa apoiar vários arranjos produtivos sustentáveis e são decididos de forma participativa. O objetivo é dinamizar cadeias produtivas como as de açaí, pirarucu, artesanato e turismo, buscando contribuir para melhorar atividades econômicas já existentes e co-criar outras dentro da perspectiva da inovação e do desenvolvimento sustentável.
“Temos voz para decidir o rumo que queremos tomar. Nos Ultimos quatro anos construímos uma pousada e um restaurante. Antes a gente acordava cedo pra levar madeira ilegal pra Manaus, hoje, levantamos pra fazer um café para servir para os turistas que aparecem aqui”, contou Nelson Brito de Mendonça, morador e um dos gerentes da Pousada Vista Rio Negro, na comunidade Santa Helena do Inglês.
Outro componente apoiado pelo Fundo, o Bolsa Floresta Associação tem o objetivo de fortalecer a organização, a participação e o controle social, promovendo a gestão participativa por meio da autonomia, do empoderamento e do protagonismo das comunidades. Ao longo dos Ultimos quatro anos, foram realizados 14 encontros de associações em Manaus, que registraram um aumento de 47% na participação feminina desde sua primeira edição.
“Ficamos impressionados ao ver que os ribeirinhos conseguiram mobilizar uma estrutura própria, mesmo distante da cidade. Mesmo com muitos desafios, eles têm educação para suas crianças, um posto de saUde perto e energia em suas casas. A ação deles para tornar isso possível, a gratidão e o cuidado por tudo o que foi conquistado também impressiona”, destacou a ministra.