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Com apoio da FAS, ribeirinhos recolhem 3,7 toneladas de resíduos no baixo Rio Negro

Com apoio da FAS, ribeirinhos recolhem 3,7 toneladas de resíduos no baixo Rio Negro
março 6, 2017 FAS

Com apoio da FAS, ribeirinhos recolhem 3,7 toneladas de resíduos no baixo Rio Negro

06/03/2017

Em uma inciativa inédita, moradores de comunidades da Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Negro e da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Puranga-Conquista separaram 3,7 toneladas de embalagens plásticas, papéis, metais, garrafas de vidro e pilhas, que teriam como destino lixeiras a céu aberto e o leito do Rio Cuieiras, na zona Rural de Manaus. O material foi transportado e doado a uma cooperativa de reciclagem em Manaus, por meio de uma ação de empoderamento coordenada pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). 
Os resíduos foram separados de forma voluntária por ribeirinhos de oito comunidades do Rio Cuieiras, e depois transportados a um centro de triagem construído na Comunidade Três Unidos com apoio da Samsung e Tetra Pak. Nesse espaço, o material foi prensado pelos próprios moradores, e organizado para ser transportado em Manaus.
“Esse projeto veio fortalecer nossas práticas com esses resíduos. Antes tudo era enterrado, os papelões eram queimados e até jogados no rio. Com esse projeto e um pouquinho de tempo, a gente pode deixar o espaço mais limpo. Entendemos a importância disso”, destacou o tuxaua Valdemir Triukuxuri, indígena da etnia kambeba que participa do projeto.
Das oito comunidades envolvidas, São Francisco do Chita, localizada na RDS Puranga-Conquista, foi a que mais arrecadou resíduos durante o ano: 1.600 kg. Além dos moradores, os Agentes Ambientais Voluntários, comunitários locais capacitados pela SEMA, se reuniram em Três Unidos para pesagem final e prensagem dos resíduos.
“Fornecemos todo o amparo para que eles estejam à frente dessas ações, para que possam ser reconhecidos como principais atores das transformações nas comunidades, ter consciência de que isso é algo que fica para eles”, afirma Francisca Pimentel, consultora da Sema. 
O material arrecadado foi entregue à Associação de Reciclagem e Preservação Ambiental (ARPA), que dará o destino correto aos resíduos. A atividade de mobilização é realizada regularmente com oficinas de arte e educação, que devem seguir em 2017.
 
“A ideia é incentivar a destinação correta voluntariamente, buscando o engajamento das comunidades com uma nova visão sobre os resíduos sólidos. Vê-los envolvidos nas atividades, trazendo os resíduos de comunidades bem distantes em canoas e motores rabetas, mostra que estamos no caminho certo”, destacou Adriano Rodrigues, coordenador de Arte e Educação da FAS.