FAS lança projeto de Desenvolvimento de Turismo Comunitário no Amazonas
19/08/2010
A FAS – Fundação Amazonas Sustentável – instituição público-privada, sem fins lucrativos, não-governamental e sem vínculos político-partidários, fundada em 2007 para recompensar e melhorar a qualidade de vida das populações tradicionais pela manutenção dos serviços ambientais prestados pela floresta tropical, reduzindo o desmatamento e valorizando a floresta em pé – lança, em agosto, o Projeto de Incentivo ao Turismo Comunitário no Amazonas, que está inserido nas atividades do Programa Bolsa Floresta.
Voltado à comunidade ribeirinha, o projeto, realizado em parceria com a agência Turismo Consciente, de São Paulo, tem como o objetivo principal garantir o desenvolvimento sustentável da atividade turística da região e deverá atingir, nesta primeira fase, cerca de 50 famílias.
Por meio do Bolsa Floresta Renda, componente que faz parte do Bolsa Floresta, um dos programas desenvolvidos pela FAS e que apóia atividades legalizadas que não produzam desmatamento e valorizam a floresta em pé, os ribeirinhos participam de oficinas e aprendem conceitos e práticas do turismo comunitário. Além disso, a comunidade é orientada em relação aos procedimentos necessários para receber os turistas. O projeto também prevê que a gestão de todo o processo, desde o contato com a agência de turismo até a preparação do receptivo seja feita pela própria comunidade.
Comunitário faz demonstração de como subir no tronco da árvore com a peconha
“Nosso objetivo é preparar as comunidades para o turismo sustentável, de maneira a incentivar a geração de renda sem prejudicar o meio ambiente. Pelo que pudemos perceber, essa primeira experiência foi muito gratificante para ambos os lados”, explica Virgilio Viana, superintendente-geral da FAS.
Nesta primeira fase do projeto, a reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro participou do projeto, organizado como piloto e que deverá ser aplicado, em outras unidades de conservação que integram o trabalho desenvolvido pela Fundação.
Turistas foram recebidos com artesanato local
O roteiro, elaborado em conjunto pela Fundação, agência e ribeirinhos incluiu atividades como pesca, visita aos igarapés, vegetação presente na região, passeio com caminhada pela mata fechada, visita a criação de peixes e mel nas comunidades do Tumbiras e Saracá. O objetivo maior desse projeto é organizar e capacitar as comunidades para desenvolverem de forma sustentável e organizada atividades do turismo comunitário.
A iniciativa FAS integra uma série de atividades que serão implantadas na região visando o desenvolvimento do turismo sustentável. “Um grupo de trabalho envolvendo órgãos relacionados ao turismo e conservação do Amazonas, criado no ano passado, estuda como regulamentar o turismo comunitário na região como forma de geração de renda e valorização da floresta em pé”, diz Virgílio Viana.
Turistas no passeio de canoa na RDS do Rio Negro
Além da FAS, integram o grupo de trabalho a Secretaria do Amazonas de Desenvolvimento Sustentável – SDS -, Amazonastur, Centro Estadual de Unidades de Conservação (Ceuc),e o Centro Estadual de Mudanças Climáticas, ambos vinculados à SDS; a Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan); o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio); o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE); a Fundação Vitória Amazônica (FVA) e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam).
Sobre a FAS – Fundação Amazonas Sustentável
A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) é uma instituição público-privada, sem fins lucrativos, não governamental e sem vínculos político-partidários, fundada no dia 20 de dezembro de 2007, por meio de uma parceria entre o Governo do Estado do Amazonas e o Banco Bradesco. A missão da FAS é promover o envolvimento sustentável, a conservação ambiental e a melhoria da qualidade de vida das comunidades residentes nas 35 Unidades de Conservação do Estado do Amazonas, em uma área de mais de 16 milhões de hectares, por meio da valorização dos serviços e produtos ambientais. A FAS tem como prioridade implementar o Programa Bolsa Floresta, que é o primeiro projeto do Brasil certificado internacionalmente para recompensar as populações tradicionais pela manutenção dos serviços ambientais prestados pelas florestas.