A Ribeirinha: farinha produzida por comunitários de Uarini-AM será lançada nesta quinta-feira (21), em Manaus - FAS - Fundação Amazônia Sustentável
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A Ribeirinha: farinha produzida por comunitários de Uarini-AM será lançada nesta quinta-feira (21), em Manaus

A Ribeirinha: farinha produzida por comunitários de Uarini-AM será lançada nesta quinta-feira (21), em Manaus
junho 20, 2018 FAS

A Ribeirinha: farinha produzida por comunitários de Uarini-AM será lançada nesta quinta-feira (21), em Manaus

20/06/2018

Na quinta-feira (21), um almoço regional marca o  lançamento da farinha A Ribeirinha, totalmente produzida por comunitários da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá. Desenvolvida com apoio da Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e Fundo Amazônia/BNDES, a farinha deve contribuir para geração de renda local e valorização da floresta em pé, tendo como selo de origem Uarini-AM, região reconhecida pela qualidade do produto. O lançamento será a partir das 13h no restaurante Pátio Gourmet,  localizado na Av. Djalma Batista, 1203 – Nossa Senhora das Graças.

Além de lideranças de comunidades tradicionais do Amazonas, estão confirmadas a presença do ator Victor Fasano, o poeta amazonense Celdo Braga e diversas personalidades amazonenses. O menu será servido pelo chefe Marcos Pompeu.

“A Ribeirinha” é oriunda do município de Uarini-AM a 569 quilômetros de Manaus, e tem todo processo de produção feito de forma sustentável na RDS Mamirauá. Nesse processo, a mandioca é plantada e beneficiada por 68 produtores rurais do Médio-Solimões, a partir de processos sustentáveis de manutenção dos roçados.

Após ser produzida em casas de farinha higienizadas com apoio da FAS, A Ribeirinha é levada diretamente para a comunidade de Campo Novo, dentro da própria reserva, para ser empacotada e finalmente comercializada pela Associação de Moradores da RDS Mamirauá Antônio Martins (Amurmam).

“Essa farinha é 100% original de Uarini, sem mistura com farinha tipo B ou farinha d’água. É o primeiro empreendimento liderado por ribeirinhos que passa por um processo industrial de forma autônoma. O grande diferencial é que além de qualidade, essa farinha ajuda a proteger a floresta, sendo uma fonte sustentável de geração de renda no coração da Amazônia”, explica o coordenador de empreendedorismo da FAS, Wildney Mourão.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/Produção Agrícola Municipal (IBGE – PAM), o Amazonas tem participação em mais de 10% da produção de farinha dos estados da região norte do Brasil e é considerada uma atividade de grande relevância social e econômica, com destaque na alimentação humana e animal, bem como na utilização da matéria-prima em inúmeros produtos industriais.

“A região do Solimões já adotou o manejo de pirarucu como prática sustentável, e a farinha vem ajudar nesse processo de geração de renda. Com apoio das casas de farinha e da empacotadeira, a tendência é a produção aumentar e engajar cada vez mais famílias”, explica o produtor ribeirinho Alcione Meireles.

A produção da farinha A Ribeirinha é uma atividade dentro Programa Floresta em Pé (PFP), uma iniciativa pioneira que tem por objetivo recompensar e melhorar a qualidade de vida das populações ribeirinhas do Amazonas, responsáveis pela manutenção dos serviços ambientais prestados pela floresta. O programa é implementado em 16 Unidades de Conservação (UC) estaduais de uso sustentável criadas no Amazonas. A ação conta com o apoio do Governo do Estado do Amazonas, representado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA).

O PFP apoia iniciativas para a melhoria sanitária no processo de produção. Cuidados na lavagem da mandioca e na limpeza do forno são repassados em cursos de beneficiamento da produção pelo corpo técnico da FAS, desde 2011. Entre 2016 e 2017, foram investidos quase R$ 485 mil do Subprograma de Geração de Renda na Cadeia Produtiva da Farinha, em 13 Unidades de Conservação (UC) onde a FAS atua.

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