Alunos e líderes comunitários dialogam sobre educação no interior do Amazonas
18/11/2014
Alunos de comunidades ribeirinhas do Amazonas dialogaram com atuais lideranças comunitárias de áreas protegidas atendidas pelo Programa Bolsa Floresta (PBF), durante esta terça-feira (18). O encontro integrou a programação do III Intercâmbio de Saberes, evento promovido pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) que reUne estudantes de unidades de conservação (UCs) em Manaus para uma troca de experiências sobre educação ribeirinha.
Participam do evento 40 alunos dos NUcleos de Conservação e Sustentabilidade (NCSs) da FAS, espaços que levam educação de qualidade nos níveis Fundamental II, Ensino Médio e de Jovens e Adultos, com uma proposta de ensino à distância integrado com a Secretaria de Estado de Educação e Qualidade de Ensino do Amazonas (Seduc-AM), nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Juma, Mamirauá, Rio Negro, Uatumã, Uacari, além da Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Negro.
Nesta manhã, os gestores desses espaços apresentaram várias atividades complementares às reservas que incentivam a leitura, as práticas agroecológicas para a diversificação da alimentação, o empreendedorismo juvenil e a melhoria da qualificação dos professores no interior. São projetos como o Recicle suas Ideias, que na RDS do Juma, tem fornecido uma solução prática para os resíduos sólidos nas comunidades do Rio Mariepaua.
“Esse projeto tem mudado a rotina da comunidade, pois agora, os alunos compreenderam a importância dos resíduos sólidos, e entendem a responsabilidade que cada um tem em proteger os rios onde moram”, explica o gestor Celso.
A partir dessas experiências, os professores e alunos dialogaram com as lideranças ribeirinhas com o intuito de entender e buscar soluções para os gargalos na educação no interior do Estado. Para Alcione Meireles, presidente da Associação de Moradores e Usuários da RDS Mamirauá, muitos avanços aconteceram nas escolas, mas é preciso que as escolas e as associações se aproximem quando o tópico é educação.
“Temos que aproximar a diretoria das escolas das reuniões das associações, das assembleias. Os diretores, professores e alunos serão convidados e deverão participar das reuniões promovidas pelas associações, para que tanto associação, quanto escola se fortaleçam juntos nas reivindicações”, explica Alcione.
Para Laelton Marques, os projetos do Bolsa Floresta mostram que as lideranças atuais são um exemplo de que é possível mudar a realidade.
“O Bolsa Floresta tem levado muitas coisas boas para nossas associações e para os NUcleos. Mostra que junto com as lideranças, é possível melhorar”, finaliza.
Eventos seguem
Na quarta-feira, dia 19, dois seminários envolvendo os ribeirinhos acontecerão em Manaus. O primeiro é o Seminário de Avaliação do Programa Bolsa Floresta (PBF), que acontece pela manhã no Auditório da Faculdade de Educação, no setor norte do campus da Universidade Federal Amazonas (Ufam). O evento será aberto ao pUblico acadêmico da universidade.
A partir das 14h acontecerá o Seminário sobre a Cadeia Produtiva do Pirarucu, que pretende debater os desafios da prática de manejo no Amazonas. A expectativa é promover a troca de experiências entre as reservas que praticam o manejo, com o intuito de desenvolver a atividade no interior do Estado. O evento ocorre no Auditório Lidia Parisotto, sede da FAS, Rua Álvaro Braga, 351, Parque 10 de Novembro, Zona Centro Sul de Manaus.