Artesanato produzido por ribeirinhos e índios do Amazonas passa a ser vendido na internet
08/07/2019
Loja virtual “Jirau da Amazônia” coloca à disposição joias, acessórios e artigos de casa e decoração feitos de sementes, fibras e madeiras da floresta, gerando renda e beneficiando comunitários.
Da floresta para a internet! O artesanato feito por ribeirinhos e indígenas do Amazonas invadiu a web e passou a ser vendido na loja virtual “Jirau da Amazônia”, um site de e-commerce fruto de uma parceria entre comunidades tradicionais, a Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e o site Americanas.com. Joias, acessórios e artigos de casa e decoração feitos de sementes, fibras e madeiras da floresta ficam à disposição por meio de um endereço eletrônico situado em americanas.com.br/hotsite/jirau-da-amazonia.
Fruteiras, cestos, jogos americanos, abanos, colares, bolsas, luminárias, redes e óculos estão entre os produtos à venda no “Jirau”. A loja on-line contribui para alavancar o empreendedorismo comunitário, gerando renda às populações que vivem de artesanato em comunidades localizadas em Unidades de Conservação (UC) do Amazonas, além de ampliar o acesso de pessoas de todo o país a produtos artesanais feitos na floresta amazônica.
“Com a chegada dos produtos da FAS ao site da Americanas.com conseguiremos auxiliar na geração de renda dos moradores das comunidades da Amazônia e, com isso, fomentar a economia local e o desenvolvimento da região, além de reforçar o compromisso com a sustentabilidade”, disse Carlos Padilha, diretor da B2W Digital, empresa detentora da Americanas.com.
Os artesanatos vendidos no “Jirau” são produzidos por diversos grupos de artesãos: o Surisawa, na comunidade indígena Nova Esperança, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro; o Entrelaçando Gerações, da comunidade ribeirinha Tumbira, também na RDS Rio Negro; o Grupo Banzeiro, de quatro comunidades de Maués; o Formiguinhas do Saracá, da comunidade do Saracá, na RDS Rio Negro; o Teçume D’Amazônia, da comunidade São João de Ipecaçu, na RDS Amanã; o Molongó, da comunidade de Nova Colômbia, na RDS Mamirauá; e Associação Zagaia Amazônia, de Manaus.
A artesã Neide Garrido, do Tumbira, na RDS Rio Negro, produz artesanato junto com toda a família. Ela acredita que a loja virtual causa um impacto sociocultural positivo, levando os produtos assinados por ela a localidades antes geograficamente impossíveis de chegar. “Nós, artesãs, buscamos usar elementos naturais nas produções, como uma forma de valorizar o que a floresta nos oferece. As peças ajudam a gerar renda e empoderam as mulheres da floresta, por meio de toda a história que construímos, sem precisar sair da comunidade”, disse.
Os artesanatos à venda no “Jirau” são feitos desde sementes a fibras, pedras, cipós e madeiras da floresta. Os itens vendidos são diversos como pulseiras, colares, óculos, bolsas, mochilas, abanos, redes, chaveiros, fruteiras, cestos, adegas de madeira, jogos americanos, porta copos, luminárias e bandejas. Os preços variam de R$ 20 a R$ 754 e também são cobradas tarifas pelo frete, sendo que todo o valor das vendas é repassado aos artesãos, parte usada em custos de embalagem, transporte e impostos e tributos. A Americanas.com não fica com nenhum valor.
Toda a ação do “Jirau” recebe apoio do Fundo Amazônia/BNDES e cooperação estratégica da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), responsável pelas Unidades de Conservação (UC). “(A loja virtual) é uma forma de valorizarmos e empoderarmos as comunidades tradicionais da Amazônia, possibilitando que os artistas ribeirinhos tenham condições de permanecer vivendo em suas comunidades, aumentando a renda, gerando emprego e fortalecendo a cultura. É um passo importante ao desenvolvimento sustentável”, disse Virgílio Viana, superintendente-geral da FAS.
Sobre a FAS
A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) é uma organização brasileira não-governamental sem fins lucrativos que tem por missão promover ações de conservação ambiental, desenvolvimento sustentável e melhoria de qualidade de vida de populações ribeirinhas e indígenas moradoras de 16 Unidades de Conservação (UC) no Amazonas, em cooperação estratégica da Sema e apoio do Fundo Amazônia/BNDES, Coca-Cola e Samsung.