Atletas indígenas do Amazonas ganham destaque em primeira competição nacional de canoagem - FAS - Fundação Amazônia Sustentável
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Atletas indígenas do Amazonas ganham destaque em primeira competição nacional de canoagem

Atletas indígenas do Amazonas ganham destaque em primeira competição nacional de canoagem
maio 13, 2022 FAS

Atletas indígenas do Amazonas ganham destaque em primeira competição nacional de canoagem

Bons resultados obtidos na competição em Minas Gerais são importantes a longo prazo, já que são utilizados como uma avaliação para convocações posteriores e campeonatos nacionais, e até internacionais.

13/05/2022
Três jovens indígenas participando de competição nacional de canoagem.

Thais Pontes Yacitua, atleta indígena do projeto de incentivo à canoagem da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), garantiu sua primeira medalha de ouro em uma competição nacional, na Copa Brasil e Controle Nacional de Canoagem Velocidade, disputada no município de Capitólio, em Minas Gerais. A jovem participou do campeonato junto com seus irmãos, Antônio Weu e Tailo Xiriri, atletas do projeto da FAS e que também garantiram bons resultados na prova, incluindo um pódio.

Os jovens atletas são do povo Kambeba e foram convocados para a competição, que ocorreu entre 28 de abril e 1º de maio, após os resultados do 2º Campeonato de Canoagem Indígena, organizado pela FAS, em parceria com a Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) e a Embaixada da Irlanda.

 O campeonato aconteceu no início de abril na comunidade indígena Três Unidos, localizada na Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Negro, a 60 quilômetros de Manaus.

Em Minas Gerais, o mais velho dos irmãos, Tailo, de 17 anos, disputou a categoria “1000m Masculino Junior”. Na prova de classificação para disputa da categoria, ele ficou com a primeira posição. Na prova final, por pouco o pódio não veio. O jovem ficou em quarto lugar, com o tempo de 4m25s20, apenas 11 segundos abaixo do terceiro colocado.

Antônio Pontes, de 14 anos, participou da prova “1000m Masculino Menor” e conquistou o terceiro lugar com o tempo de 5m41s42. Garantiu a medalha de bronze em sua primeira competição nacional, assim como a irmã Thais Pontes, de 16 anos, que na categoria “500m Feminino Cadete” fez o tempo de 2m38s07, garantindo a posição mais alta do pódio.

Os bons resultados obtidos na competição em Minas Gerais são importantes a longo prazo, já que são utilizados como uma avaliação para convocações posteriores e campeonatos nacionais, e até internacionais.

A supervisora da Agenda Indígena da FAS, Rosa dos Anjos, destaca a participação dos jovens e enxerga boas oportunidades à frente. “Esses resultados são recebidos com muita alegria, porque nos mostram que o projeto está realmente dando certo. Nós já sabíamos do potencial desses curumins e cunhantãs e acreditamos neles”, afirma.

De acordo com Rosa, os responsáveis pelo projeto de incentivo à canoagem e a CBCa já articulam a participação dos jovens em mais um campeonato nacional. Desta vez na Bahia, no segundo semestre de 2022. “Eles já deram o primeiro passo fora do nosso estado, não passaram despercebidos e foram chamados para treinamentos com grandes técnicos. Acreditamos em boas chances para eles daqui para frente”, conclui.

Sobre a Canoagem Indígena

Implementado desde 2019, o projeto Canoagem Indígena, idealizado pela FAS em parceria com a CBCa, tem o objetivo de valorizar os jovens por meio do esporte. A iniciativa já beneficiou mais de 60 atletas indígenas e ribeirinhos das comunidades Três Unidos, Nova Kuanã São Sebastião, localizadas na Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Negro, administrada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas (Sema).

Sobre a FAS

Fundada em 2008 e com sede em Manaus/AM, a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) é uma organização da sociedade civil e sem fins lucrativos que dissemina e implementa conhecimentos sobre desenvolvimento sustentável, contribuindo para a conservação da Amazônia. A instituição atua com projetos voltados para educação, empreendedorismo, turismo sustentável, inovação, saúde e outras áreas prioritárias. Por meio da valorização da floresta em pé e de sua sociobiodiversidade, a FAS desenvolve trabalhos que promovem a melhoria da qualidade de vida de comunidades ribeirinhas, indígenas e periféricas da Amazônia.

Créditos das fotos: Lucas Sarraff