Prática no manejo de cacau é tema de intercâmbio entre produtores do rio Madeira - FAS - Fundação Amazônia Sustentável
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Prática no manejo de cacau é tema de intercâmbio entre produtores do rio Madeira

Prática no manejo de cacau é tema de intercâmbio entre produtores do rio Madeira
dezembro 16, 2014 FAS

Prática no manejo de cacau é tema de intercâmbio entre produtores do rio Madeira

16/12/2014

Ribeirinhos produtores de cacau da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Rio Madeira participaram essa semana de um treinamento voltado ao beneficiamento do produto. A ação foi uma iniciativa da Comissão Executiva de Planejamento da Lavoura Cacaueira (Ceplac) em parceria com a Fundação Amazonas Sustentável (FAS), a organização Hands, o Instituto de Desenvolvimento Amazonense Sustentável (Ideas), a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), e apoio das Prefeituras Municipais de Manicoré, Novo Aripuanã e Borba. O evento foi realizado na Estação Experiência Rio Negro (Erneg), km 48 da BR-174, Manaus-AM.
O treinamento teve como objetivo capacitar os ribeirinhos nas práticas de beneficiamento do cacau, que possui grande potencial produtivo na calha do madeira. Do fruto colhido, hoje são produzidos vários subprodutos, como licores, doces e geleias. Já o processo de beneficiamento, que engloba fermentação e secagem, deixa as amêndoas de cacau prontas para comercialização nas grandes indUstrias, e dependendo da qualidade do processo, seu quilo chega a valer R$ 17,00. Hoje, no período de safra, esse valor gira em torno de R$ 2,50.
 “Melhorando a prática de beneficiamento, teremos um cacau de melhor qualidade, portanto, mais valorizado no mercado. O bom manejo do fruto diminui as perdas, e traz competividade ao pequeno produtor”, explica o coordenador da Regional Madeira da FAS, Doney Vitor.
A atividade também serviu para planejar as atividades produtivas de 2015, em que devem ser desenvolvidos polos de beneficiamento em regiões estratégicas do rio Madeira. A ideia é reunir a produção de cacau em comunidades definidas pelos ribeirinhos, onde se concentrarão as atividades de beneficiamento. “Nossa ideia é homogeneizar ao máximo a produção, trazendo uma qualidade alta para a colheita toda, seja da parte de cima, da parte de baixo da reserva, perto ou longe”, ressalta Suamy Braga de Melo, técnico da Ceplac que acompanhou a iniciatia.

Incentivo da FAS

Por meio do Programa Bolsa Floresta (PBF), a FAS tem apoiado o cultivo do cacau na RDS Rio Madeira. Ao longo dos anos, foram instalados secadores de cacau em várias comunidades da reserva, além de incentivada a Associação dos Produtores Rurais da RDS Rio Madeira (Apramad). Com o fim da enchente de 2014, a intenção é reforçar os investimentos nessa atividade produtiva, recuperando secadores e incentivando o empreendedorismo em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa (Sebrae-AM), por meio do Projeto Empreendedorismo Ribeirinho.
“Esse intercâmbio é de extrema importância para que todo processo desenvolvido nas comunidades seja qualificado. Ao longo dos anos, foram 10 secadores de cacau construídos na RDS Rio Madeira com recursos do componente Renda do Programa Bolsa Floresta, que serão revitalizados devido a enchente de 2014, e colocados em uso para 2015”, finaliza Doney.