Campanha SOS Amazônia da ativista Greta Thunberg arrecada R$ 1 milhão em prol de doações para amenizar impactos da pandemia - FAS - Fundação Amazônia Sustentável
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Campanha SOS Amazônia da ativista Greta Thunberg arrecada R$ 1 milhão em prol de doações para amenizar impactos da pandemia

Campanha SOS Amazônia da ativista Greta Thunberg arrecada R$ 1 milhão em prol de doações para amenizar impactos da pandemia
março 5, 2021 FAS

Campanha SOS Amazônia da ativista Greta Thunberg arrecada R$ 1 milhão em prol de doações para amenizar impactos da pandemia

05/03/2021
Moradores de comunidades ribeirinhas recebendo doações de cestas básicas.

A campanha SOS Amazônia, promovida pelo movimento Fridays For Future Brasil (FFF) e executada pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS), arrecadou a meta de R$ 1 milhão. Uma das doadoras e principal mobilizadora da ação é a jovem ativista sueca, Greta Thunberg, que doou mais de R$ 600 mil.

A distribuição das doações foi dividida em três etapas e, atualmente, a equipe executiva da FAS está na segunda fase e se prepara para a terceira. Por ter sido pensada por jovens entre 17 e 19 anos, a campanha é destaque por ter a força do engajamento voluntário. “Essa campanha é muito importante, porque ninguém é jovem demais para fazer a diferença. Esses adolescentes conseguiram levantar quase um milhão de reais para ajudar comunidades aqui em Manaus”, disse a ativista do FFF e consultora da Agenda Indígena da FAS, Samela Sateré Mawé.

Samela explica que é muito importante que o projeto aconteça no Amazonas, por conta das dificuldades logísticas e operacionais que a região enfrenta. “A gente vê que a principal dificuldade das comunidades beneficiadas pela campanha SOS Amazônia é a carência em ter comunicação, por ser tudo distante e não ter nem sinal de celular, nem internet”, ressaltou.

As ações da campanha são desenvolvidas no âmbito da  “Aliança dos Povos Indígenas e Populações Tradicionais e Organizações Parceiras do Amazonas para o Enfrentamento do Coronavírus”, que é coordenada pela FAS com o apoio de 119 instituições, empresas e prefeituras para combater as consequências da pandemia, principalmente em comunidades ribeirinhas e indígenas, e bairros periféricos de Manaus.

Terceira etapa

O próximo passo da campanha é voltado para um plano de ação mais emergencial que visa proporcionar oxigênio, insumos de saúde e materiais aos povos indígenas aldeados e em contexto urbano.  Nesta terceira fase de aplicação dos recursos, a FAS estima que serão beneficiadas mais de 131 mil pessoas, aproximadamente 26 mil famílias das regiões do Baixo Amazonas, Solimões e Madeira, além do contexto urbano, em Manaus.

A estratégia é baseada em sete eixos de atuação que incluem ações para redução do contágio da Covid-19 com comunicação, sensibilização e doação de cestas básicas, máscaras, material de higiene e limpeza, apoio para obtenção de auxílios governamentais; saúde mental; transporte de emergência para hospitais de Manaus; fortalecimento de hospitais municipais por meio de oxigenoterapia, apoio à infraestrutura e EPIs para Casa De Saúde Indígena (CASAI); e retomada pós-calamidade com empreendedorismo sustentável, energia renovável e conectividade.

Etapas da campanhas

As primeiras doações da campanha SOS Amazônia chegaram em comunidades indígenas do Amazonas em julho de 2020. Cestas básicas, máscaras de proteção facial e kits de higiene foram entregues para aproximadamente 150 famílias das aldeias indígenas Gavião, Inhambe, Sahu-Ape e Tururukari, localizadas próximas de Manaus, além do Centro de Medicina Indígena Bahserikowi, situado no Centro da capital do Amazonas.

A segunda fase de aplicação do recurso começou em dezembro de 2020 e ainda está em execução. “Estamos colocando postos de telessaúde nos municípios em Lábrea e Tapauá, além de polos de internet na região do Purus, e entregamos também alguns motores, canoa e ‘ambulanchas’ para essas comunidades”, relata um dos coordenadores da Agenda Cidades Sustentáveis da FAS, Gabriel Cavalcante.

Até o final deste mês, as doações serão encaminhadas para mais 620 famílias de 11 comunidades em Manaus e 400 famílias dos municípios de Santa Isabel do Rio Negro, Lábrea e Tapauá. O objetivo é chegar nas etnias Yanomami, Paumari, Apurinã, Deni, Jamamadi e Jarawara.