Em Tefé, sociedade civil participa de diálogos para construção do Plano Estadual de Bioeconomia do Amazonas - FAS - Fundação Amazônia Sustentável
DOE PARA FAS

Em Tefé, sociedade civil participa de diálogos para construção do Plano Estadual de Bioeconomia do Amazonas

Em Tefé, sociedade civil participa de diálogos para construção do Plano Estadual de Bioeconomia do Amazonas
maio 6, 2025 FAS

Em Tefé, sociedade civil participa de diálogos para construção do Plano Estadual de Bioeconomia do Amazonas

Encontro reuniu representantes de cooperativas, produtores e instituições para identificar desafios e oportunidades da bioeconomia no Alto Solimões

06/05/2025

 A população do município de Tefé (a 523 quilômetros de Manaus), na região do Alto Solimões, recebeu mais uma ação de Diálogos Municipais para o desenvolvimento do Plano Estadual de Bioeconomia, nesta segunda-feira, (05/05). A ação tem o objetivo de escutar diferentes atores da sociedade civil para fomentar as diretrizes de desenvolvimento sustentável e o fortalecimento da atividade econômica na região.

Os Diálogos Municipais são promovidos pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), com o apoio da Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e recursos do Instituto Clima e Sociedade (ICs) para o projeto de construção do Plano Estadual de Bioeconomia do Amazonas.

Participaram representantes de cooperativas, produtores rurais e instituições da sociedade civil que apresentaram demandas, propostas e desafios relacionados ao manejo sustentável de recursos da floresta amazônica, ajudando na compreensão da realidade local.

A construção de políticas públicas eficazes depende diretamente da escuta ativa e da participação colaborativa entre diferentes setores da sociedade. No caso do Plano Estadual de Bioeconomia, essa premissa tem sido um dos pilares das ações conduzidas pela Sedecti. Nesse contexto, a chefe do Departamento de Tecnologia e Inovação da Secretaria, Débora Holanda, destaca a importância da pluralidade de vozes nos espaços de debate e formulação de propostas.

“O Diálogo de Bioeconomia foi um sucesso absoluto. Conseguimos reunir diversas instituições e ter a contribuição de diversos setores. Conseguimos ouvir o pessoal da pesquisa, parte do governo e empresa privada. Então, foi muito interessante porque assim a gente conseguiu consolidar bastante ideias e acreditamos que o Plano [Estadual] de Bioeconomia precisa ser construído a muitas mãos”, afirmou.

O secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação em Tefé, Naldo de Souza Oliveira, avalia que o diálogo é uma medida fundamental para que o desenvolvimento, a partir do uso de recursos naturais, se expanda para outros locais.

“Por Tefé ter se tornado a ‘capital’ do Médio Solimões, é fundamental que haja esse diálogo para promover melhor o desenvolvimento econômico da região, não só da área urbana, mas também do interior, trazendo novas políticas de bioeconomia. Não trabalhar diretamente apenas extrativismo, mas [através de] um plano e essas tecnologias também”, avalia.

Enquanto isso, a coordenadora do projeto EcoAM do Impact Hub Manaus, Viviane Marcos, enfatizou a necessidade do Poder Público seguir em sintonia com a população.

“Além de promover o diálogo, nós temos uma expectativa da consolidação e aplicabilidade desse plano. […]. Nós acreditamos que essa iniciativa é uma forma de desenvolver ainda mais a nossa região. Ficamos felizes de ver o Estado dialogando com a base, com todos os atores que fazem parte desse sistema”, disse.

A escuta já foi realizada em diversos municípios do estado, como São Gabriel da Cachoeira, Benjamin Constant, Tabatinga, Manacapuru, Novo Airão, Coari e Santa Isabel do Rio Negro, reunindo centenas de participantes. A previsão é fazer também em Borba, Fonte Boa, Jutaí, Apuí, Humaitá, Manicoré e outras cidades até o fim de maio. Cada encontro amplia o diálogo entre governo e sociedade, promovendo um mapeamento detalhado de desafios e oportunidades relacionados à bioeconomia.

“Não adianta chegar com uma solução feita. A população precisa se manifestar, ser escutada, para que o Poder Público e os outros parceiros compreendam as dores a serem atendidas. Este é o mais importante na construção de uma política pública. Tefé tem um grande potencial para o uso e a produção bioeconômica, com o manejo sustentável, o que pode trazer muita prosperidade para as pessoas”, finaliza a superintendente de Desenvolvimento de Comunidades da FAS, Valcléia Lima.

 

Créditos de imagem: Evanildo Nogueira