FAS, AMURMAM e IDS Fonte Boa solicitam licenciamento ambiental para manejo de jacarés na RDS Mamirauá
29/05/2018
A Fundação Amazonas Sustentável (FAS), a Associação de Moradores e Usuários da RDS Mamirauá Antônio Martins (AMURMAM) e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável de Fonte Boa (IDS Fonte Boa) protocolaram junto ao IPAAM nesta terça-feira (29) o pedido de licenciamento da atividade de manejo de jacaré na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, zona rural de Fonte Boa-AM (684 km de Manaus).
Estiveram no protocolo o presidente da AMURMAM, José Ranolfo Pereira, do engenheiro de pesca do IDS Fonte Boa, José Maria, do superintendente-geral da FAS, Virgilio Viana, e do secretário-executivo da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Adilson Cordeiro.
Se aprovada, a licença deve permitir o manejo participativo de jacarés em ambientes naturais dos setores Maiana e Solimões do Meio, áreas da RDS Mamirauá. A ideia é utilizar o manejo para gerar renda de forma sustentável, valorizando a atividade de monitoramento já realizada por comunidades da região e promovendo o desenvolvimento socioeconômico e ambiental de localidades ribeirinhas.
“Essa é uma iniciativa fruto de um longo trabalho de acompanhamento das populações de jacaré, que conta com amplo apoio das comunidades tradicionais. Esperamos que esse projeto traga resultados o quanto antes”, explica o Superintendente-Geral da Fundação Amazonas Sustentável (FAS).
A demanda foi apresentada por lideranças comunitárias durante o XX Encontro de Lideranças do Programa Bolsa Floresta, que reúne líderes de associações comunitárias e diferentes organizações para uma troca de experiências em Manaus.
“Esse é um projeto que as comunidades sonham desde 2003, e estamos com muita esperança. Se der certo, é mais oportunidade para as famílias, que poderão ajudar a conservar o potencial dos lagos locais”, explica José Ranolfo, presidente da Amurmam.
O projeto tem apoio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema). O secretário executivo Adilson Cordeiro, explicou que o manejo permite a exploração e sobrevivência da espécie, incluindo as famílias no processo.
“Esse projeto busca garantir a sustentabilidade da espécie, fazendo a integração com as comunidades dentro ou no entorno da comunidade. Essa inclusão, essa geração de emprego e renda é muito importante, pois se inicia um ciclo sustentável em que o homem é parte fundamental”, explica Adilson Cordeiro, secretário-executivo da Sema.