FAS investe mais de 70% do orçamento em atividades fim
22/05/2010
Análise do orçamento da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), com sua contabilidade auditada pela PricewaterhouseCoopers, revela que 71% do orçamento 2009 foi destinado a atividades fim. E apenas 24% foram investidos em atividades meio.
Este fato revela um alto nível de compromisso da FAS com a busca da eficiência, reduzindo gastos com atividades administrativas e custeio operacional, afirma Luiz Villares, superintendente administrativo-financeiro da FAS.
Villares destaca que, em 2009, também se concretizou a aquisição única da sede da entidade, que junto a demais ativos, resultou em mais 5% de desembolsos sobre a execução orçamentária em 2009.
Do orçamento executado, 91% foram captados junto a parceiros privados e apenas 9,3% foi oriundo de recursos provenientes do Governo do Estado do Amazonas. Ele ressalta que a totalidade dos recursos públicos foi destinada ao Bolsa Floresta Familiar, que é um dos programas executados pela FAS.
Ambulanchas: Bolsa Floresta Social prevê investimentos na área de saúde
O orçamento de 2009 foi executado em 96% o que revela o compromisso da FAS com a melhoria da qualidade de vida das populações ribeirinhas e a conservação ambiental no Amazonas.
Os salários da superintendência e dos funcionários da FAS situam-se num patamar 5% inferior ao que é praticado pelas grandes organizações não governamentais do Brasil, segundo resultados de uma pesquisa realizada em dezembro de 2009, promovida por uma importante organização ambientalista em atuação no Brasil, afirma Villares.
O orçamento 2009 para investimentos no Programa Bolsa Floresta, em seus quatro componentes (Renda, Social, Associação e Familiar), é de R$ 7,7 milhões. Como as oficinas e assembleias com as comunidades ribeirinhas são realizadas no primeiro semestre de cada ano, a execução do orçamento é feita no período de julho de um ano (2009) até julho do ano seguinte (2010).
Núcleos de Conservação: Bolsa Floresta Social investe em educação
Segundo presidentes de associações de moradores das unidades de conservação, estes investimentos representam uma nova e animadora perspectiva para o futuro das comunidades ribeirinhas.
“Na RDS do Uatumã foi construída a escola, ambulanchas foram compradas para socorrer os ribeirinhos em situação de emergência, na parte de renda já estamos trabalhando com tanque rede, e o Bolsa Floresta Familiar melhorou muito a qualidade de vida”, afirma o presidente da Associação Agroextrativista das Comunidades da RDS do Uatumã, Sebastião Salomão, sobre os investimentos do Programa Bolsa Floresta.
Veja mais depoimentos no espaço “Vozes da Floresta”, em http://fas-amazonia.org/pt/pagina/Vozes-da-floresta.
Além do Programa Bolsa Floresta, a FAS desenvolve cinco Programas de Apoio: Produção Sustentável; Saúde e Educação; Fiscalização e Monitoramento; Gestão de Unidades de Conservação; e Desenvolvimento Científico. Dentre estes programas, merece destaque a parceria com a Cooperativa Verde de Manicoré (Covema), que beneficia castanha no município de Manicoré. Por meio desta parceria foi alcançado um aumento expressivo de preço da castanha para as populações extrativistas. No caso da RDS do Juma, o preço saiu de R$ 4 para R$ 12 a lata. Outro exemplo é uma parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Amazônicas (INPA), com o objetivo de melhorar o conhecimento científico sobre os estoques e dinâmica do carbono em florestas do Amazonas.
Programas de apoio e BF Renda investem em geração de renda nas UC´s
Todos os programas e projetos desenvolvidos pela FAS estão publicados no site fas-amazonia.org.
A FAS também desenvolve ações educacionais e de cooperação institucional. Em parceria com as secretarias de estado de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (SDS) e de Educação (Seduc), a FAS apoiou a publicação de livros de apoio aos professores da rede pública sobre mudanças climáticas e manejo florestal.
Em parceria com o Governo de Moçambique e com o financiamento de instituições de cooperação internacional, a FAS levou a Moçambique a experiência do Programa Bolsa Floresta, que serviu de referência para a Estratégia Nacional de Redd daquele país.
Para o ano de 2010, o orçamento da FAS prevê a ampliação dos investimentos na melhoria da qualidade de vida das populações ribeirinhas e conservação ambiental no Amazonas. Um fato relevante foi a obtenção de apoio do BNDES, por meio do Fundo Amazônia, que apoiará os investimentos do Programa Bolsa Floresta Renda e Associação.
Empoderamento das comunidades: BF Associação destina recursos às associações de moradores
Segundo Virgilio Viana, superintendente geral da FAS, o apoio do BNDES representa uma conquista importante para a instituição, uma vez que foi a primeira a preencher todos os requisitos solicitados pelo rigoroso processo de seleção do BNDES.
O planejamento de 2010 prevê ainda o investimento na melhoria continua do sistema gerencial e investimentos da FAS. Segundo Villares, está previsto ainda uma atualização do planejamento estratégico da FAS, feito gratuitamente pela Bain&Co.
Segundo Viana, estão sendo feitos esforços para ampliar as fontes de financiamento. O objetivo estratégico é ampliar os investimentos na melhoria da renda a partir do manejo de recursos florestais, pesca e permacultura. “Esta é a principal estratégia para o investimento na melhoria da renda das populações ribeirinhas com as quais a FAS trabalha”, disse.
Segundo o superintendente técnico-científico da FAS, João Tezza Neto, existem projetos promissores para o aumento da renda comunitária envolvendo atividades de produtos florestais não madeireiros, ecoturismo, permacultura, manejo florestal, criação de pequenos animais, piscicultura, dentre outros.
Transparência:
A FAS tem como cultura institucional a busca de excelência na eficiência, ética e transparência na gestão dos recursos financeiros. As demonstrações financeiras e movimentação financeira e contábil da FAS são auditadas pela PricewaterhouseCoopers, uma das empresas de auditoria mais respeitadas do mundo.
Os relatórios de auditoria, após serem analisados pelo Conselho Fiscal da FAS, são submetidos à aprovação pelo Conselho de Administração e, em seguida, à verificação jurídica e legal pelo Ministério Público Estadual. O rigor deste processo reflete a visão dos instituidores e Conselho de Administração, de que a FAS deve ser uma referência nacional e internacional para a gestão de recursos destinados a programas socioambientais em regiões tropicais.
Todos os relatórios das auditorias são publicados no site institucional e impressos em relatório anual com ampla divulgação pública.
A FAS mantém ainda uma Ouvidoria com o objetivo de colher críticas e sugestões que permitam o aprimoramento de suas atividades. O email da Ouvidora é [email protected] e o telefone é 0800 722 6459.