FAS participa de evento sobre Mudanças Climáticas no Panamá
11/03/2010
A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) apresentou as lições aprendidas na implementação prática do Bolsa Floresta e do projeto de REDD da Reserva Juma durante a “IV Oficina de Mudanças Climáticas e Proposta de REDD para a Sociedade Indígena”, realizada no período de 26 de fevereiro a 1º de março, na comarca de Emberá-wonaan, no Panamá.
O evento de capacitação é parte de um processo de consulta pública e formação de opinião da comunidade indígena panamenha, e foi convocado pela COONAPIP – Coordinadora Nacional de Pueblos Indigenas de Panamá (http://www.coonapip.org/), com apoio da Universidade McGill (http://www.mcgill.ca/), financiado e organizado pela ELTI – Iniciativa de Liderança e Capacitação Ambiental (www.yale.edu/elti).
Oficina no Panamá discute REDD e mudanças climáticas
A proposta é que através de oficinas informativas, promova-se a discussão de quais seriam os interesses da comunidade indígena no cenário de REDD. E se houver interesse em avançar no processo, qual seria o melhor modelo e quais as salvaguardas dos direitos dos povos indígenas a serem considerados. Essa discussão se torna ainda mais relevante se considerado que 20% das áreas do país, e quase 100% das áreas florestais, são de propriedade indígena.
Os assuntos mais relevantes tratados na ocasião foram atualizações sobre as decisões e os avanços da COP 15 com relação a REDD e suas considerações nos direitos indígenas e sobre a propriedade do carbono.
A participação da FAS, representada pela Coordenadora Institucional do Projeto Juma, Raquel Luna, se fez importante ao apresentar a iniciativa já em avançado implementação na RDS do Juma. Apesar de estar inserido em cenário bastante diferente do caso dessas comunidades indígenas panamenhas, o projeto foi importante para ilustrar o que estava sendo discutido, podendo servir como base e inspiração para as decisões a serem tomadas. “A participação da FAS nesse evento está em linha com o esforço de cooperação internacional da Fundação com países, organizações e órgãos acadêmicos interessados”, afirma Raquel Luna.