Festival Juventudes celebra identidade e talento de jovens ribeirinhos e indígenas do Baixo Rio Negro
02/12/2019
Comunidade do Tumbira, na RDS Rio Negro, foi palco de evento que reuniu 250 pessoas, entre eles 70 adolescentes e jovens, como resultado das ações de educação desenvolvidas pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS)
Eles participaram de diversas atividades como resultado das ações de educação desenvolvidas Fundação Amazonas Sustentável (FAS) no último ano. A comunidade do Tumbira, na RDS Rio Negro, em Iranduba, a cerca de uma hora de lancha de Manaus, foi o palco do festival, que está na terceira edição e incluiu rodas de conversa, oficinas, atividades esportivas e um espetáculo teatral na programação.
Os cerca de 70 jovens que participaram do festival já integram de diversos projetos de educação da FAS, como o Incentivo à Leitura e à Escrita (Incenturita), o Intercâmbio de Saberes, o Jovens Empreendedores, as Práticas Agroecológicas, o Pequenos Curupiras e o Repórteres da Floresta. Todos os projetos são desenvolvidos nos Núcleos de Conservação e Sustentabilidade (NCS) e têm tem patrocínio a Samsung e o apoio do Instituto Alair Martins (IAMAR), Fundo Amazônia, Bradesco, Coca-Cola, Lojas Americanas, Hotéis Marriott, Instituto Liberta e Governo do Amazonas via Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
“O nosso festival superou todas as expectativas. Acreditamos no poder transformador da educação e entendemos que esses jovens têm a capacidade de traduzir toda a diversidade, riqueza, dinâmica e abundância que é a floresta, que é a Amazônia”, ressaltou Anderson Mattos, gerente do Programa de Educação Saúde e Cidadania da FAS. “Os jovens precisam ser estimulados para que deixem fluir seus talentos, dons, tudo aquilo que têm de mais bonito, criativo, colorido e a gente vem construir isso aqui com eles”, disse.
O estudante Paulo César, de 16 anos, da comunidade ribeirinha Santa Helena do Inglês, na RDS Rio Negro, participa do Festival Juventudes pelo terceiro ano e lembrou que o festival é uma oportunidade para ele e outros jovens desenvolverem habilidades na arte e nos esportes. “ É um projeto que traz muita coisa boa, como a sustentabilidade, as ações da FAS e que os parceiros participam. Nós somos uma família com o professor Emerson (Pontes) e a FAS, somos todos uma família. E ano que vem tem mais, vamos nos esforçar mais”, completou.
Entre os destaques da programação do Festival Juventudes Ribeirinhas estava a roda de conversa sobre o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 5, o de Igualdade de Gênero, com foco nas mulheres ribeirinhas, um bate-papo sobre artesanato e a distribuição de exemplares do jornal Repórteres da Floresta, escrito e produzido pelos próprios jovens ribeirinhos e indígenas. “É a quarta vez que participo e está sendo muito bom. Apesar do nervosismo, é muito bom participar”, disse Andrey Santos, 19, da comunidade indígena Três Unidos.
Ações de educação
O Festival Juventudes Ribeirinhas é resultado das ações do Programa de Educação, Saúde e Cidadania da FAS. Não só o festival, mas outras ações de educação desenvolvidas pela fundação em 16 Unidades de Conservação do Estado renderam à instituição o Prêmio Unesco-Japão de Educação para o Desenvolvimento Sustentável, o ESD Prize, concedido pela primeira vez a uma instituição da América do Sul.
“Esse festival é uma ação é muito emblemática para todos nós e tem um grande simbolismo porque dá oportunidade aos jovens de mostrar seus talentos e ao mesmo tempo de descobrirem outras coisas que eles não conheciam. Essa foi uma das atividades que levou a Unesco, que é o órgão da ONU mais importante sobre educação do mundo a dar à FAS o prêmio ESD Prize. Nós somos a primeira instituição da América do Sul a receber esse prêmio”, reforçou o superintendente-geral da FAS, Virgílio Viana.
Sobre a FAS
A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) é uma organização brasileira sem fins lucrativos e sem vínculos político-partidários que tem por missão fazer a floresta valer mais em pé do que derrubada, promovendo ações de desenvolvimento sustentável e de melhoria de qualidade de vida dos povos que vivem na floresta, por meio de programas e projetos.
Ao todo, cerca de 40 mil pessoas são beneficiadas pelas ações da FAS em 16 Unidades de Conservação, em cooperação com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e apoio do Fundo Amazônia/BNDES, Samsung, Bradesco e Coca-Cola Brasil.