Fundação Amazonas Sustentável publica novo estudo sobre REDD no Brasil
29/11/2010
A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e o Instituto Internacional para o Desenvolvimento e Meio Ambiente (IIED, sigla em inglês) publicaram, neste mês, um relatório sobre as expectativas e as implicações de diferentes abordagens para os projetos de redução de emissões por desmatamento e degradação florestal (REDD) no Brasil.
O relatório irá compor o projeto “Poverty and Sustainable Development Impacts of REDD Architecture” (Pobreza e Impactos do Desenvolvimento Sustentável da Arquitetura do REDD), organizado pelo IIED e pela Universidade Norueguesa de Aas, juntamente com outros relatórios feitos por instituições de Gana, Vietnã, Tanzânia e Uganda.
O projeto, financiado pelo governo norueguês, tem como objetivo principal entender como diversas arquiteturas políticas de REDD, nos níveis internacionais, nacionais e sub-nacionais, podem ter efetividade em diminuir as emissões de gases de efeito estufa e gerar co-benefícios sociais – reduzindo a pobreza das populações que vivem nas florestas.
O relatório demonstra e discute diversos desenhos e abordagens de REDD no Brasil considerando aspectos políticos, biológicos e financeiros. Participaram de sua produção o superintendente-geral da FAS, Virgilio Viana, o gerente de Projetos Especiais, Gabriel Ribenboim, a coordenadora de Projetos Especiais, Thais Megid, e o analista de Projetos Especiais, Victor Salviati.
Utilizando o modelo OSIRIS, desenvolvido pela Conservação Internacional (http://www.conservation.org/osiris/Pages/overview.aspx), o relatório analisa pontos cruciais da viabilidade de projeto, como: custo-eficiência (dólar gasto por tCO2e reduzido) considerando diversos preços da tCO2e; a efetividade do projeto (taxa do preço da tCO2e e o custo da tCO2e); e qual é o valor presente líquido da receita do projeto. Essas perguntas-guia possibilitaram determinar qual é o melhor cenário para o REDD no Brasil, tendo como base a realidade do estado do Amazonas.
Em linhas gerais, o relatório demonstrou que o REDD é uma importante ferramenta para erradicar a pobreza nas populações que vivem nas florestas tropicais, pois esse mecanismo financeiro de pagamento por serviços ambientais permite a distribuição de renda a essas populações, como, por exemplo, é feito no Amazonas por meio do Programa Bolsa Floresta.
Outra constatação importante foi da importância da abordagem estoque-fluxo para regiões em que a floresta tem altos índices de conservação, como é o caso do estado do Amazonas. Em poucas palavras, a abordagem estoque-fluxo contabiliza tanto o carbono fixado em áreas florestadas (estoque) quanto às reduções de emissão por proteção de áreas ameaçadas (fluxo).
Para baixar o relatório (em inglês) clique aqui.
Para mais informações deste projeto acesse http://www.iied.org/natural-resources/key-issues/forestry/poverty-and-sustainable-development-impacts-redd-architecture