Governo Federal anuncia trabalho conjunto com populações extrativistas
08/11/2012
Promover um diálogo entre instituições, sociedade civil e a classe extrativista é um dos principais objetivos do III Congresso Nacional de Populações Extrativistas, que reUne em Macapá (AP) cerca de 300 representantes de vários Estados brasileiros. No evento, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, além do Governador do Amapá, Camilo Capiberibe, apresentaram várias ações pUblicas para alavancar o desenvolvimento das famílias que dependem dessa atividade em unidades de conservação. O III Congresso contou com a presença do presidente do Conselho Nacional de Populações Extrativistas (CNS), Manoel Cunha, além de representantes dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário e da SaUde.
Na oportunidade, foi anunciada pela ministra Izabella Teixeira a criação do Plano de Ação Nacional para o Extrativismo no Brasil. A estratégia é promover uma avaliação minuciosa das 76 reservas criadas no país, com a criação de um Grupo de Trabalho Interministerial. A ideia é alinhar os planos do Governo Federal aos anseios comunitários de educação, saUde, previdência e outros serviços da máquina pUblica. “O grande objetivo é fazer nosso Governo trabalhar lado a lado com os extrativistas, ouvindo o que eles precisam e o que podemos fazer”, comentou.
A ministra também assinou os Certificados de Concessão de Direitos Reais de Uso (CCDRU) para as Associações da Reserva Extrativista de Cumuruxatiba, na Bahia, beneficiando 445 pessoas, e da Reserva Extrativista de Chico Mendes, no Acre, beneficiando 1.042 pessoas nos municípios de Xapuri e Assis Brasil.
“Precisamos acabar com essa mentalidade de que quem produz quer destruir nossa mata. Precisamos mostrar que todos querem gerar renda cuidando da floresta, com sua casa, escola, posto de saUde”, finalizou.
Também foi anunciada pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, a expansão da Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), que pela primeira vez atenderá de forma diferenciada as populações extrativistas, em uma ação que deve beneficiar mais de 14 mil pessoas.
Congresso produtivo
Para o presidente do Conselho Nacional de Populações Extrativistas (CNS), Manoel Cunha, os anUncios são conquistas significativas para todas as populações que dependem da extrativismo no Brasil. Ele reforça a necessidade acelerar e muito a política de conservação ambiental para mudar o caminho das florestas brasileiras.
“Muita coisa tem avançado no reconhecimento das nossas associações extrativistas, a participação do Governo é prova disso. Mas estamos aqui para dizer que ainda há muito para ser feito. Precisamos acelerar o avanço do desenvolvimento sustentável, para conseguir salvar muitas coisas na Amazônia, inclusive nossas vidas”, declarou.
III Congresso de Populações Extrativistas
O evento conta com parceria dos Ministérios do Desenvolvimento Social, do Meio Ambiente, do Desenvolvimento Agrário e da SaUde, além do Projeto Carbono Cajari. Apoiam a iniciativa o Governo do Estado do Amapá, o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e a Fundação Amazonas Sustentável (FAS).