Jornada Amazônia 2019 inicia com imersão e experiência sustentável na RDS Rio Negro
12/02/2019
Dez dias de puro aprendizado no meio da floresta amazônica, conhecendo mais sobre a vida na mata e buscando desenvolver habilidades e soluções sustentáveis para o futuro do planeta e da região. É o que propõe o Jornada Amazônia, um curso de dez dias que iniciou neste final de semana dentro da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro, no município de Iranduba, a cerca de 80 quilômetros de barco de Manaus.
Pelos próximos dias, estudantes e profissionais de diversas áreas, de diversos lugares do País, viverão dentro de comunidades ribeirinhas e indígenas e participam de um programa educacional, dentro da plataforma Amazônia-Edu, com a proposta de levar a uma imersão e uma experiência sustentável local.
Dividido em conteúdos teóricos e práticos, o curso é ministrado pela Amazônia-Edu, plataforma de educação da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), organização não-governamental que promove ações de desenvolvimento sustentável, conservação ambiental e de melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem em RDS do Estado.
Aprender como se formam os ciclos naturais da região amazônica, como se organizam hoje os povos indígenas que vivem nela, os movimentos sociais como dos seringueiros, histórias, tradições e desafios práticos para um futuro sustentável da Amazônia são algumas das etapas do curso Jornada Amazônia. A formação segue até 17 de fevereiro.
“Nossa intenção é poder viver numa comunidade tradicional dentro de uma Unidade de Conservação (UC) no meio da Amazônia e que os participantes possam discutir e ampliar o conhecimento deles sobre alguns temas principais, que são chave para esse mundo novo que estamos vivendo”, explica Laura Candelaria, supervisora do Amazônia-Edu. Todo o curso, segundo ela, é dividido em três níveis de conhecimento: o sistêmico, com uma visão global sobre sustentabilidade, Amazônia e desenvolvimento; o comunitário, que busca criar relações entre o que se vive nas comunidades locais e as comunidades onde vivem os participantes; e o nível pessoal, onde o foco é a reflexão e crescimento individual de cada participante com os temas aprendidos.
“O nível pessoal é muito importante, é como isso reflete no eu interior. Qual é a sua função perante isso, o que eu enquanto indivíduo estou fazendo ou posso fazer para essa evolução e para esse novo momento global que acreditamos estar vivendo, momento de transição, de desenvolvimento econômico mais sustentavel”, disse Candelaria.
“A nossa intenção, através desse e de outros programas educacionais dentro do Amazônia-Edu, é impulsionar a formação de agentes de transformação. Aingir a sustentabilidade é um desafio complexo, e desafios complexos a gente resolve com soluções que não simples e através de um grupo diverso, trazendo a diversidade e a troca de conhecimento para dentro da sala de aula, para dentro da discussão”.
Diversidade
Os próprios participantes do Jornada Amazônia fazem parte dessa diversidade necessária para alcançar um futuro mais sustentável. Eles são 16 ao todo, com faixa etária de 21 a 45 anos, de diferentes formações e ocupações e vindos várias regiões do País. Como a consultora e facilitadora de negócios sustentáveis em Guarulhos, São Paulo, Marisol Góes. “Um ex-colega de trabalho participou da primeira edição do Jornada e me contou da experiência que ele tinha vivido na Amazônia. Eu logo me interessei por essa questão comunitária, formas alternativas de formação de renda, porque trabalho com isso. Eu estava buscando cada vez mais expandir meu campo de possibilidades para além de São Paulo, onde sempre estive atuando. O curso é uma oportunidade de expandir o olhar e a consciência em relação aos meus próprios talentos e o que eu posso ofertar para o mundo”, disse.
O antropólogo Lucas Barbosa, que atua com ações sociais numa comunidade periférica de Salvador, na Bahia, pretende levar aos jovens e comunitários atendidos por ele as experiências de sustentabilidade e comunidade aprendidas no Jornada Amazônia. “Ter a oportunidade de fazer uma imersão de dez dias numa comunidade ribeirinha no meio da maior floresta tropical do mundo, que tem princípios de sustentabilidade, pode vir aqui e estar aprendendo, passando por essa formação, é egrandecedor. Uma comunidade que se reconstruiu, se refez dentro de um contexto com séries de implicações políticas e históricas. É mais ou menos o que estamos vivendo lá nessa ocupação que atuo na Bahia”, disse. “O que fazemos lá também pode estar vivendo envolvido dentro de uma cadeia produtiva sustentável”.
Comunidades
Além dos facilitadores da FAS, os próprios ribeirinhos e indígenas que vivem na RDS Rio Negro se tornam docentes dentro do curso de formação Jornada Amazônia, valorizando o saber tradicional. “Tem a parte de conteúdo formal, na sala de aula, mas a grande parte do curso é realmente de ir, conhecer as pessoas da comunidade, pedir licença e entrar nas casas, tomar um cafezinho, ver como se faz a farinha, como é a produção de madeira, entender um pouco mais como essa sustentabilidade acontece numa Unidade de Conservação no meio da Amazônia”, ressaltou Laura Candelária.
O curso do Jornada Amazônia acontece nas comunidades ribeirinhas do Tumbira e Santa Helena do Inglês e na comunidade indígena do Três Unidos, todas localizadas dentro da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro. Dentro da RDS, as famílias das comunidades ribeirinhas e indígenas vivem de geração de renda própria, através de cadeias produtivas sustentáveis como turismo e artesanato, pesca manejada, produção de farinha, manejo florestal, entre outros. Além da RDS do Rio Negro, a Fundação Amazonas Sustentável apoia e incentiva ações sustentáveis em outras dezenas de RDS pelo Estado do Amazonas, com apoio e financiamento do Banco Amazônia/BNDES.
Dividido em conteúdos teóricos e práticos, o curso é ministrado pela Amazônia-Edu, plataforma de educação da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), organização não-governamental que promove ações de desenvolvimento sustentável, conservação ambiental e de melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem em RDS do Estado.
Aprender como se formam os ciclos naturais da região amazônica, como se organizam hoje os povos indígenas que vivem nela, os movimentos sociais como dos seringueiros, histórias, tradições e desafios práticos para um futuro sustentável da Amazônia são algumas das etapas do curso Jornada Amazônia. A formação segue até 17 de fevereiro.
“Nossa intenção é poder viver numa comunidade tradicional dentro de uma Unidade de Conservação (UC) no meio da Amazônia e que os participantes possam discutir e ampliar o conhecimento deles sobre alguns temas principais, que são chave para esse mundo novo que estamos vivendo”, explica Laura Candelaria, supervisora do Amazônia-Edu. Todo o curso, segundo ela, é dividido em três níveis de conhecimento: o sistêmico, com uma visão global sobre sustentabilidade, Amazônia e desenvolvimento; o comunitário, que busca criar relações entre o que se vive nas comunidades locais e as comunidades onde vivem os participantes; e o nível pessoal, onde o foco é a reflexão e crescimento individual de cada participante com os temas aprendidos.
“O nível pessoal é muito importante, é como isso reflete no eu interior. Qual é a sua função perante isso, o que eu enquanto indivíduo estou fazendo ou posso fazer para essa evolução e para esse novo momento global que acreditamos estar vivendo, momento de transição, de desenvolvimento econômico mais sustentavel”, disse Candelaria.
“A nossa intenção, através desse e de outros programas educacionais dentro do Amazônia-Edu, é impulsionar a formação de agentes de transformação. Aingir a sustentabilidade é um desafio complexo, e desafios complexos a gente resolve com soluções que não simples e através de um grupo diverso, trazendo a diversidade e a troca de conhecimento para dentro da sala de aula, para dentro da discussão”.
Diversidade
Os próprios participantes do Jornada Amazônia fazem parte dessa diversidade necessária para alcançar um futuro mais sustentável. Eles são 16 ao todo, com faixa etária de 21 a 45 anos, de diferentes formações e ocupações e vindos várias regiões do País. Como a consultora e facilitadora de negócios sustentáveis em Guarulhos, São Paulo, Marisol Góes. “Um ex-colega de trabalho participou da primeira edição do Jornada e me contou da experiência que ele tinha vivido na Amazônia. Eu logo me interessei por essa questão comunitária, formas alternativas de formação de renda, porque trabalho com isso. Eu estava buscando cada vez mais expandir meu campo de possibilidades para além de São Paulo, onde sempre estive atuando. O curso é uma oportunidade de expandir o olhar e a consciência em relação aos meus próprios talentos e o que eu posso ofertar para o mundo”, disse.
O antropólogo Lucas Barbosa, que atua com ações sociais numa comunidade periférica de Salvador, na Bahia, pretende levar aos jovens e comunitários atendidos por ele as experiências de sustentabilidade e comunidade aprendidas no Jornada Amazônia. “Ter a oportunidade de fazer uma imersão de dez dias numa comunidade ribeirinha no meio da maior floresta tropical do mundo, que tem princípios de sustentabilidade, pode vir aqui e estar aprendendo, passando por essa formação, é egrandecedor. Uma comunidade que se reconstruiu, se refez dentro de um contexto com séries de implicações políticas e históricas. É mais ou menos o que estamos vivendo lá nessa ocupação que atuo na Bahia”, disse. “O que fazemos lá também pode estar vivendo envolvido dentro de uma cadeia produtiva sustentável”.
Comunidades
Além dos facilitadores da FAS, os próprios ribeirinhos e indígenas que vivem na RDS Rio Negro se tornam docentes dentro do curso de formação Jornada Amazônia, valorizando o saber tradicional. “Tem a parte de conteúdo formal, na sala de aula, mas a grande parte do curso é realmente de ir, conhecer as pessoas da comunidade, pedir licença e entrar nas casas, tomar um cafezinho, ver como se faz a farinha, como é a produção de madeira, entender um pouco mais como essa sustentabilidade acontece numa Unidade de Conservação no meio da Amazônia”, ressaltou Laura Candelária.
O curso do Jornada Amazônia acontece nas comunidades ribeirinhas do Tumbira e Santa Helena do Inglês e na comunidade indígena do Três Unidos, todas localizadas dentro da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro. Dentro da RDS, as famílias das comunidades ribeirinhas e indígenas vivem de geração de renda própria, através de cadeias produtivas sustentáveis como turismo e artesanato, pesca manejada, produção de farinha, manejo florestal, entre outros. Além da RDS do Rio Negro, a Fundação Amazonas Sustentável apoia e incentiva ações sustentáveis em outras dezenas de RDS pelo Estado do Amazonas, com apoio e financiamento do Banco Amazônia/BNDES.