No Médio Amazonas, guaraná de Maués conta com apoio da FAS e Coca-Cola
05/08/2013
O tradicional cultivo de guaraná, em Maués-AM (356 km de Manaus), vem se aprimorando a cada dia. A Floresta Estadual de Maués (Florest Maués) vem recebendo apoio da Coca-Cola Brasil, em parceria com a Fundação Amazonas Sustentável (FAS), que investe em ações estruturantes e no aprimoramento das técnicas no manejo desse fruto.
Por meio da parceria, serão entregues, em 2013, três kits para produção de guaraná, em comunidades a serem definidas pelos comunitários. Cada kit é composto por uma máquina de despolpar guaraná, uma bomba para distribuição de água e um tanque de 500 litros. Envolvidas diretamente no projeto, são 10 famílias, em uma renda média que pode chegar a R$ 10 mil por safra.
Os trabalhos vêm sendo desenvolvidos em parceria com a Associação de Produtores Agroextrativistas da Floresta Estadual de Maués do Rio Parauari (ASPAFEMP), o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (IDAM) e o Centro Estadual de Unidades de Conservação (CEUC).
O assistente de projetos do Bolsa Floresta, Adamilton Bentes, explica que os conhecimentos tradicionais vem ajudando a aprimorar as técnicas no manejo do guaraná. Segundo ele, o uso de uma técnica antiga pode reduzir custos e garantir a durabilidade dos guaranazais da reserva.
“Ã? uma técnica antiga que pode retornar com o plantio por propagação de sementes (nativo). Esse tipo de cultivo, que não por propagação de galhos (estaquia), vem ao longo dos anos mostrando eficiência. Apesar de levar mais tempo para colheita, as mudas que nascem por sementes têm menos perdas e duram mais tempo. O guaraná também sai melhor, provavelmente pelo formato diferente das raízes e absorção de nutrientes do solo”, explica.
Adamilton também explica que há uma vantagem econômica. Uma quadra (10 mil m²) suporta em média 500 guaranazeiros. Cada muda tem o preço médio de R$ 7,00. Com a plantação própria, aproveitando as sementes que caem dos frutos já enterrados, há uma economia de quase R$ 3,5 mil por quadra.
“Economicamente é um ganho, porque temos hoje, além da muda, gastos com adubagem e controle de pragas. Um custo a menos nesse processo faz a renda subir e os recursos ficarem na comunidade”, esclarece Adamilton.
O especialista em matéria-prima regional da Coca-Cola Brasil, João Carlos JUnior, visita as comunidades e dialoga diretamente com os ribeirinhos. O envolvimento comunitário tem sido um diferencial no trabalho, conta.
“Ã? preciso destacar o diálogo com a comunidade e a confiança no projeto, que busca melhorar a produtividade. Reunindo isso e as condições naturais de produção, como o solo e o clima, temos condições favoráveis para o guaraná dessa região”, ressalta.
Trabalho da Coca-Cola Brasil
Além de ser mantenedora da FAS, a Coca-Cola Brasil vem apoiando atividades de geração de renda no interior do Estado. Atualmente a empresa ampliou sem compromisso para investir R$ 2,5 mi em 5 anos em atividades de educação e melhoria da qualidade de vida na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Rio Negro, além de atividades que impulsionam o artesanato local. A Coca-Cola também investiu R$ 20 mi no Fundo Permanente da FAS, que associado aos investimentos realizados pelo Governo do Estado do Amazonas e o banco Bradesco asseguram os recursos do PBF Familiar que beneficiam mais de 37 mil pessoas. Saiba mais!