FAS, EMS e Instituto TIM levam soluções inovadoras de água e comunicação para a RDS Mamirauá
10/06/2016
Moradores da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, na região do Médio Rio Solimões, ganharam o reforço de soluções inovadoras para o enfrentamento de desafios na Amazônia profunda. Nove comunidades foram contempladas com sistemas de distribuição e purificação de água, além de equipamentos de radiocomunicação de longa distância. Os investimentos foram possíveis graças ao Programa de Infraestrutura Comunitária (Bolsa Floresta Social), desenvolvido pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) em parceria com o Bradesco, EMS e Instituto TIM.
No início de maio, foi concluída a instalação de cinco sistemas de abastecimento e purificação de água nas comunidades São Francisco do Boia, Porto Alegre, São Miguel, Síria e Maguari, na zona rural de Uarini-AM (570 km de Manaus). O sistema Ecolágua, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), utiliza energia solar para purificar até 400 litros de água por hora, com uma eficiência de 99,99% na desinfecção. “O equipamento deixa a água livre de patógenos, a partir de raios ultra violeta que eliminam o DNA dos microorganismos”, explica o pesquisador do Inpa, Gário Florêncio.
A instalação dos equipamentos facilitará a vida de famílias como a de Nora Nilce, moradora da Comunidade São Francisco do Boia. Além da trazer ganhos diretos a saUde, Nilce conta que os sistemas ajudaram a evitar prática comum de moradores das comunidades do interior: carregar baldes com água por dezenas de metros.
“Esse benefício vai trazer a coisa mais importante: a saUde, que não tínhamos antes. Antes a gente usava água do rio, da chuva, e tinha que carregar vários baldes nas costas. Agora temos água pura mais fácil, sem necessidade cloro ou produtos químicos”, enfatiza.
Outro ganho trazido pela parceria foi a instalação de oito equipamentos de rádiocomunicação nas comunidades Barroso, Floresta, Marirana e Santa Luzia. Os aparelhos auxiliam no contato entre as comunidades distantes várias horas de barco, diminuindo o tempo de atendimento em situações urgentes de saUde, e também facilitando a mobilização comunitária e a geração de renda no interior.
“Esse sistema vai ser muito importante para nós, por causa dos problemas que acontecem na comunidade, como doenças e partos, e também na geração de renda, controle de invasão de lagos [proteger os peixes é uma atividade essencial no manejo sustentável de pirarucu]”, explica Firmino Pereira, morador da comunidade do Barroso, na RDS Mamirauá.
Os investimentos foram realizados por decisão participativa por meio do Programa de Apoio a Infraestrutura Comunitária da FAS (Bolsa Floresta Social), que direciona os investimentos para potencializar e apoiar o desenvolvimento da educação, da saUde, da comunicação e do transporte nas comunidades ribeirinhas.
“Uma das grandes vantagens do Programa é a sua metodologia participativa, que contempla as necessidades das comunidades. Por meio de escolha democrática, foi decidido que o recurso seria investido em água potável e comunicação, que ajudará em enfermidades, partos, e outras necessidades também, como a geração de renda”, explica a coordenadora geral do Programa Bolsa Floresta (PBF), Valcleia Solidade.
Saiba mais sobre o Programa de Apoio à Infraestrutura Comunitária (Bolsa Floresta Social)!
Sobre a Fundação Amazonas Sustentável
A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) é uma organização brasileira não governamental, sem fins lucrativos, de utilidade pUblica estadual e federal. Tem como missão promover o envolvimento sustentável, a conservação ambiental e a melhoria da qualidade de vida das comunidades ribeirinhas do Estado do Amazonas. As principais iniciativas são implementadas por meio do Programa Bolsa Floresta (PBF), Programa de Educação e SaUde (PES), Programa de Soluções Inovadoras (PSI) e Programa de Gestão e Transparência. Tem como mantenedores o Fundo Amazônia/BNDES, o Banco Bradesco, a Samsung e a Coca-Cola, e o Governo do Amazonas como cooperador estratégico.