Parceria internacional consolida agenda de sociobioeconomia na Amazônia - FAS - Fundação Amazônia Sustentável
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Parceria internacional consolida agenda de sociobioeconomia na Amazônia

Parceria internacional consolida agenda de sociobioeconomia na Amazônia
novembro 22, 2025 FAS

Parceria internacional consolida agenda de sociobioeconomia na Amazônia

Como agência implementadora, FAS apoia o fortalecimento de políticas públicas definidas por governos

22/11/2025

A Fundação Amazônia Sustentável (FAS) consolidou, durante a COP30, um conjunto de parcerias estratégicas para acelerar a sociobioeconomia na Amazônia, em cooperação com o Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW), governos federal e estaduais e organizações comunitárias. Como agência implementadora, a FAS contribui com capacidades técnica e administrativa para fortalecer políticas públicas que valorizam a floresta em pé, ampliam oportunidades econômicas e promovem a inclusão produtiva.

O primeiro marco foi a assinatura do contrato com os empreendedores selecionados pelo edital “Inova Sociobio”, coordenado pelo Governo do Pará, com um aporte de R$ 3,4 milhões, sendo R$ 2,4 milhões do Programa Floresta em Pé, fruto de cooperação financeira entre os governos da Alemanha e do Brasil por meio do KfW Banco de Desenvolvimento e implementado pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e R$ 1 milhão pela Fundação Gordon and Betty Moore. 

Entre julho e agosto, 150 empreendedores se inscreveram no edital que tem o objetivo de impulsionar empreendimentos de base comunitária. Após análise de um comitê formado por especialistas, 36 associações e cooperativas foram pré-selecionadas e, finalmente, 15 selecionadas para receber o aporte, sendo 33% de agricultores familiares, 34% indígenas e 33% de comunidades tradicionais. 

Para Virgilio Viana, superintendente-geral da FAS, o momento marca um alinhamento histórico entre cooperação internacional, governos subnacionais e comunidades da floresta. “A parceria com o KfW, somada ao avanço do Inova Sociobio e ao lançamento do edital para formação de redes de sociobioeconomia, acelera a transição para uma economia de floresta em pé, centrada em justiça climática, inovação e oportunidades reais para quem vive na Amazônia”, destacou.

No Amazonas, agenda pré-COP apoiou ações de combate ao desmatamento

Antecedendo a COP30, a parceria FAS, KfW e Governo do Amazonas oficializou a entrega de 16 novos veículos — destinados à Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas (Sema), IPAAM e às equipes do Corpo de Bombeiros. Os veículos  ampliam a mobilidade e a eficiência das operações, permitindo maior presença em áreas críticas, deslocamento mais rápido e aumento das ações de fiscalização integrada. Além disso, foram entregues kits de combate direto ao fogo, GPS, rádios de comunicação e equipamentos de segurança, reforçando a atuação das equipes em operações contínuas, inclusive em áreas remotas ou de difícil acesso.

Outra entrega significativa do Programa Floresta em Pé foi a contratação de 153 brigadistas para atuação no combate a incêndios e queimadas no sul do Amazonas. Esses profissionais, capacitados em manejo integrado do fogo, primeiros socorros e resposta emergencial, atuarão na linha de frente da proteção ambiental, apoiando comunidades, fortalecendo o sistema estadual de vigilância e reduzindo danos a ecossistemas sensíveis. As entregas realizadas no início de novembro, somadas à contratação dos brigadistas, representam R$ 12 milhões em investimentos do KfW, aplicados conforme definições do Governo do Amazonas.

Segundo Luis Piva, gerente do Programa Floresta em Pé, essas entregas mostram como a cooperação internacional pode fortalecer políticas públicas definidas pelo Governo do Amazonas. O Programa Floresta em Pé reúne planejamento técnico, investimentos estruturantes e ação territorial para garantir que a proteção da floresta caminhe junto com oportunidades reais para as pessoas que vivem nela.

Com essas ações integradas, a FAS reafirma seu papel como ponte entre financiadores, governos e territórios, contribuindo para o fortalecimento de políticas públicas estruturantes. A combinação entre investimentos internacionais, inovação social e protagonismo comunitário aponta para uma nova etapa da sociobioeconomia na Amazônia — mais inclusiva, robusta e voltada para o futuro.