Pesquisa independente avalia Bolsa Floresta e aponta mudanças positivas para 85% dos comunitários - FAS - Fundação Amazônia Sustentável
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Pesquisa independente avalia Bolsa Floresta e aponta mudanças positivas para 85% dos comunitários

Pesquisa independente avalia Bolsa Floresta e aponta mudanças positivas para 85% dos comunitários
dezembro 2, 2015 FAS

Pesquisa independente avalia Bolsa Floresta e aponta mudanças positivas para 85% dos comunitários

02/12/2015

Pesquisa realizada pelo Instituto Action aponta que o Programa Bolsa Floresta (PBF) trouxe mudanças positivas para mais de 80% das famílias beneficiadas nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Juma e Rio Negro. A pesquisa consultou 411 moradores de unidades de conservação no mês de agosto de 2015 e tem margem de erro de 5%. 
Os dados, divulgados pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) nesta quarta-feira (2), indicam um salto grande no desempenho do Programa entre 2011 e 2015, cuja avaliação saiu de 39,5% para 85,1% de aprovação na RDS do Juma, e 57,8% para 83% na RDS Rio Negro.
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Atualmente, a FAS executa o pagamento de R$ 50 mensais às famílias beneficiadas pelo Bolsa Floresta Familiar, política pUblica estadual estabelecida por lei. Além disso, a FAS investe, em ações de geração de renda, fortalecimento de associações e melhoria de qualidade de vida, com recursos de doação privada e cooperação internacional. 
Em 2011, o Bolsa Floresta Familiar (BF-F) era considerado o principal benefício para os participantes do programa na RDS Rio Negro, com 64,3%. Quatro anos depois, outras melhorias, em especial na área de educação, saUde e geração de renda passaram a ser mais importantes que o BF-F, com 47,8%. Na RDS Juma, outros benefícios trazidos pelo Bolsa Floresta também foram considerados mais relevantes que o pagamento do BF-F para 57,9% das famílias.
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“O desenvolvimento das unidades de conservação andou muito rápido com o Bolsa Floresta, por meio de vários investimentos para empoderar as associações, além de ambulanchas para saUde e apoio ao turismo nas comunidades. Isso só foi possível porque o Programa é participativo: todo ano são feitas reuniões, discussões onde podemos opinar sobre os investimentos e o que é melhor para nós”, explica Sebastião Brito, atual presidente da associação de moradores da RDS Rio Negro. 
Desses investimentos, as ações de geração de renda tiveram um impacto muito positivo na vida dos comunitários. As ações melhoraram a vida na RDS do Juma, e na RDS do Rio Negro, para 81,5% e 74% dos participantes respectivamente.
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O monitoramento feito a partir de imagens de satélite, fornecidas pelo INPE, mostra que o desmatamento dentro das UCs beneficiadas pelo Bolsa Floresta é 50% inferior do que as UCs não participantes. 
Segundo a percepção dos moradores, o Programa ajudou a combater as queimadas e o desmatamento. Em 2011, 61,2% dos moradores da RDS do Rio Negro acreditavam que a iniciativa contribuía para a redução do desmatamento. Em 2015, este nUmero saltou para 90,5%. Na RDS Juma, não houve alteração significativa do ponto de vista estatístico neste quesito.
Com relação às queimadas, o quadro se repetiu. Na RDS do Rio Negro, houve um expressivo aumento do nUmero de famílias que acreditam que o Bolsa Floresta ajudou a combater os focos de incêndio. O nUmero passou de 62% para 88,6% no período de 2011 a 2015, enquanto na RDS Juma não houve alteração significativa. 
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Dados divulgados pelo INPE apontam ainda que 98% dos focos de incêndio ocorridos na RDS Rio Negro entre janeiro e outubro de 2015 foram registrados fora da área de influência das proximidades das comunidades ribeirinhas. Estes focos concentraram-se nas áreas de ocupações ilegais ao longo de ramais na margem da estrada AM-070 (Manaus-Novo Airão).
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