Rede internacional ligada à ONU busca novos membros na Amazônia
Filiação é gratuita e aberta a instituições amazônicas dedicadas à pesquisa, desenvolvimento e implementação de soluções para o alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) na região.
11/11/2020
Com objetivo de promover a interação entre organizações amazônicas e estimular soluções práticas para os atuais desafios econômicos, sociais e ambientais da região, a Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (SDSN Amazônia), secretariada pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS), convida universidades, centros de pesquisa, fundações, organizações da sociedade civil, entre outras instituições da Bacia Amazônica, para integrar seu quadro de membros. Para fazer o pedido de adesão, basta preencher o formulário disponível no site: unsdsn.org/join.
Vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), a SDSN Amazônia busca envolver a academia, sociedade civil e setor privado em ações significativas para a implementação da Agenda 2030, um conjunto de 17 objetivos e 169 metas de desenvolvimento sustentável. A proposta é identificar e promover iniciativas concretas que envolvam novas tecnologias, modelos de negócio, mecanismos institucionais inovadores e políticas públicas com impacto transformador na região.
“Diversas soluções estão sendo desenvolvidas hoje por instituições amazônicas, voltadas para questões como melhoria da educação, acesso à saúde, produção sustentável, redução das desigualdades e geração de energia renovável, por exemplo. Fazer com que essas iniciativas sejam conhecidas, e que haja a interação entre os atores, é a missão da SDSN Amazônia”, explica a secretária executiva da rede, Carolina Ramírez Méndez.
Membros
Os membros da SDSN Amazônia fazem parte de um grupo singular de instituições que contribuem efetivamente para melhorar a qualidade de vida das populações amazônicas e promover a conservação da maior floresta tropical do mundo. A rede gera oportunidades de networking, intercâmbio de conhecimento, apoio na mobilização de recursos, visibilidade internacional, além de proporcionar o envolvimento dos membros em importantes debates nos níveis regional, nacional e global.
A associação é gratuita e aberta a universidades, organizações não governamentais, centros de pesquisa, instituições governamentais e privadas, organizações multilaterais e sociedade civil dos países da Bacia Amazônica: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. As instituições devem trabalhar ativamente na concepção, pesquisa, desenvolvimento e implementação de soluções para o alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) na região.
Atualmente, mais de 170 instituições integram a rede. Entre os membros brasileiros, estão a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), o Instituto Mamirauá, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Peabiru.
Atuação
A SDSN Amazônia foi lançada em março de 2014, em Manaus. É uma iniciativa regional da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável (tradução do inglês Sustainable Development Solutions Network, SDSN), criada em 2012, sob o comando do secretário geral da ONU, Ban Ki-moon.
A proposta da rede na Amazônia é “quebrar” a velha prática de importar e aplicar soluções de fora da região, sem as devidas adaptações, estimulando que as instituições amazônicas assumam o papel de protagonistas desse processo.
Com o intuito de dar mais visibilidade e disseminar as iniciativas que estão sendo concebidas e implementadas com sucesso na Amazônia, a rede possui uma plataforma online, georreferenciada e trilíngue (português, espanhol e inglês), que reúne os projetos desenvolvidos por seus membros, em sinergia com os ODS. Mais de 160 soluções na fase de implementação ou implementadas estão hoje cadastradas na plataforma, ao alcance de todos. A ferramenta pode ser acessada através do link.
A rede identifica essas soluções por meio de chamadas e do Prêmio SDSN Amazônia, que neste ano chegou à sua terceira edição. Com o tema “Soluções sustentáveis para enfrentar à COVID-19 na Amazônia”, a premiação recebeu 11 projetos do Brasil, Equador e Peru voltados para o combate aos impactos da pandemia em comunidades indígenas, tradicionais e urbanas de baixa renda, que atualmente podem ser conferidos na plataforma.
Rede jovem
Para estimular também o engajamento dos jovens dos países da Bacia Amazônica na Agenda 2030, a SDSN Amazônia possui uma divisão juvenil, a SDSN Jovem Amazônia, voltada para pessoas de até 30 anos interessadas executar, criar e capacitar projetos relacionados ao desenvolvimento sustentável.
A filiação na SDSN Jovem é aberta a associações de estudantes universitários credenciadas, organizações e redes lideradas por jovens, organizações focadas na juventude e movimentos de jovens, com iniciativas direcionadas a uma ou mais temáticas de desenvolvimento sustentável em seus respectivos campus, comunidades, cidades e países da região amazônica.
Para fazer o pedido de adesão, basta preencher o formulário de inscrição online no site: sdsnyouth.org/member-orgs.