Projeto de Restauração Ecológica e Urbanização Sustentável na Amazônia é lançado na Redenção - FAS - Fundação Amazônia Sustentável
DOE PARA FAS

Projeto de Restauração Ecológica e Urbanização Sustentável na Amazônia é lançado na Redenção

Projeto de Restauração Ecológica e Urbanização Sustentável na Amazônia é lançado na Redenção
julho 30, 2017 FAS

Projeto de Restauração Ecológica e Urbanização Sustentável na Amazônia é lançado na Redenção

30/07/2017

Foi inaugurada na manhã deste domingo (30) a sede do Projeto de Restauração Ecológica e Urbanização Sustentável na Amazônia (Reusa), construído no rip-rap do Igarapé do Gigante, na Redenção. A iniciativa deve estimular a geração de renda sustentável e recuperação ambiental no leito do rio, por meio de oficinas transformadoras e ações de mobilização e engajamento com moradores do bairro. A inauguração do espaço foi uma das atividades da Virada Sustentável Manaus 2017, realizada pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e outras 36 instituições do conselho criativo.

Estiveram na solenidade o superintendente geral da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), Virgílio Viana, o idealizador da Virada Sustentável São Paulo, André Palhano, a presidente do Grupo Arte Transformação, Gianna Campos, a líder comunitária do Projeto Rip-Art, Maria Cristina Pereira, o arquiteto Sérgio Santos e o diretor-financeiro do Grupo Bemol-Fogás e doador da iniciativa, Denis Minev.

Com três pavimentos, o espaço contempla um espaço voltado para a formação de empreendedores na região, como o coletivo de artesãs da comunidade, o Rip Art. Há também uma área para palestras, oficinas ações de saúde, além de um andar que sediará os trabalhos e reuniões do grupo de moradores da região.

“O objetivo do Reusa é estimular a geração de renda sustentável, restauração ecológica, urbanismo sustentável, associativismo e saúde”, destaca o superintendente geral da FAS e idealizador do projeto, Virgilio Viana.

A ideia do projeto vem sendo concebida desde a edição 2016 da Virada Sustentável, fruto de uma demanda dos próprios moradores. Maria Cristina, líder da associação comunitária Rip-Art, explica que a região sempre foi muito marginalizada, e graças a uma mobilização das organizações Impact Hub, Global Shapers e FAS durante o festival no ano passado, vem sendo transformada.

“O rip-rap da redenção sofria muita discriminação, as pessoas olhavam pra cá com outros olhos. Foi quando recebemos a atividade da Virada ano passado, que ajudou a reformar o espaço e nos ajudar a sonhar com a transformação do lugar onde vivemos”, comenta Maria.

Desde então, a FAS vem realizando oficinas e consultas à comunidade, onde surgiu demanda da sede como uma necessidade para estimular as mulheres artesãs da região e formar moradores para a limpeza e recuperação ecológica do igarapé. O REUSA promoverá uma ação de revitalização do igarapé, com baixo custo, para restauração ecológica e urbanização sustentável. Será também instalado sistema de esgoto para evitar que o igarapé receba materiais descartados de forma incorreta.

“Nós acreditamos na capacidade de mobilização das pessoas, e no poder transformador que o engajamento da comunidade tem. O Reusa é um projeto que busca valorizar as pessoas como agentes diretos de transformação do meio ambiente”, explica Virgilio Viana.

Espaços sustentáveis

Um dos diferenciais do projeto é o baixo custo de construção, apenas R$ 80 mil. A parte estrutural foi montada com tubos de aço de perfuração de petróleo recuperados. As paredes foram erguidas com compensados usados em páletes descartados no Distrito Industrial. Os pavimentos foram construídos com madeira reaproveitada de barcos fora de operação, explica o arquiteto e apoiador da iniciativa, Sérgio Santos.

“O conceito da construção é muito barato, o que mostra que essa obra pode ser replicada para outras regiões da cidade e do país. A obra ficou pronta em 45 dias, com inovações que permitem ter uma construção sustentável extremamente segura e confortável para os comunitários”, explica Sérgio.

A ação contou com apoio de doadores individuais, como a atriz e ativista Christiane Torloni, o presidente do Museu da Amazônia (Musa), Denis Minev e Luciana Minev. Além das doações, o projeto conta com apoio da Virada Sustentável Manaus, Casa Cinco, Impact Hub, Global Shapers, Rip Arte, Universidade do Estado do Amazonas, Amazon Cad, Aquarela Home Design, Cerâmica Montemar, Norte Autopeças, Grupo Transformação e Sérgio Santos Arquitetura.