Semana do Meio Ambiente aborda novos caminhos para a sustentabilidade da Amazônia
07/06/2017
Por Macarena Mairata
Nesta quarta-feira (7), o Fórum Amazonense de Mudanças Climáticas (FAMC) promoveu o Workshop “Serviços Ambientais e REDD+”, atividade que fez parte da programação da semana do Meio Ambiente, de 5 a 9 de junho na Faculdade De Ciências Farmacêuticas – UFAM.
Na ocasião, organizações não governamentais como a Fundação Amazonas Sustentável (FAS), Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) e Universidade Federal do Amazonas (Ufam), debateram sobre as reduções das emissões CO2 (dióxido de carbono) por desmatamento e degradação florestal. Além de questionarem quais sãos os novos caminhos para a sustentabilidade na Amazônia em tempos de regressão no campo ambiental.
A FAS, representada pelo superintendente da organização, Virgílio Viana, palestrou sobre o tema “Impacto das mudanças climáticas nos recursos hídricos das Amazônias”. Para o ambientalista, só será possível alcançar as metas de redução nas emissões de CO2 quando houver uma educação que insira a sociedade civil nessa discussão que não somente pertence às organizações ambientais, mas sim, a todos.
“Nós da FAS, entendemos que integrar a sociedade civil nesse debate é importante para que todos tomem consciência de seu papel nessa discussão. Não há como alcançarmos as metas na redução de emissões de CO2 se não tivermos as pessoas envolvidas nisso, se não temos uma educação livre de corrupção, se as pessoas não conhecem sobre a importância da restauração ecológica nos centros urbanos e se temos setores na economia que não se interessaram em buscar outros tipos de desenvolvimento econômico”, explicou.
Para o secretário da Juventude Extrativista do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) e representante da Juventude no Conselho Nacional de Populações Tradicionais, Dione Torquato, é muito importante para as comunidades tradicionais participarem de um evento como esse, pois somente nesses espaços é possível discutir e expor os impactos que as comunidades que estão distantes das grandes metrópoles sofrem.
“Eventos como esse são importantes para nós,comunidades tradicionais, porque assim nós podemos expor os desafios que passamos por conta das mudanças climáticas. Nós lidamos com a relação homem versus natureza, são as comunidades tradicionais que fazem uso do manejo sustentável dos recursos naturais. E com as mudanças climáticas, algumas de nossas produções ficam prejudicadas. São as comunidades tradicionais que sentem os primeiros impactos”, afirmou Dione.
A programação da semana do Meio Ambiente segue até o dia 09 de junho com atividades que incluem caminhada por trilhas e plantio de mudas no minicampus da Ufam.