Seminário apresenta panorama sobre educação no interior do Estado - FAS - Fundação Amazônia Sustentável
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Seminário apresenta panorama sobre educação no interior do Estado

Seminário apresenta panorama sobre educação no interior do Estado
agosto 22, 2014 FAS

Seminário apresenta panorama sobre educação no interior do Estado

22/08/2014

Foi aberto nesta quinta-feira (21) o seminário “Educação no Campo na Amazônia: realidade, utopia e fazimentos”, promovido pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), com apoio da Secretaria de Estado da Educação e Qualidade de Ensino (Seduc-AM). O eventoé uma oportunidade para o diálogo entre diferentes instituições sobre a situação da educação no interior do Estado, e acontece até amanhã no auditório D. Lidia Parisotto, sede da FAS. No sábado (23), está prevista uma visita à Reserva de Desenvolvimento sustentável (RDS) Rio Negro, para conhecer o NUcleo de Conservação e Sustentabilidade (NCS) Agnello Uchôa Bittencourt, na comunidade Tumbira.
O seminário tem por objetivo analisar a realidade atual da educação do Amazonas, a partir de pesquisas sobre qualidade do ensino, além de apresentar e discutir feitos inovadores que podem servir de inspiração para enfrentar os desafios atuais da educação sustentável na região. Estiveram na abertura o superintendente geral da FAS, Virgílio Viana, o coordenador geral de educação da Unicef, Marcelo Mazzoli, o presidente do Canal Amazon Sat, Phelippe Daou Jr. e a gerente de meio ambiente da Fundação Roberto Marinho, Andrea Margit.
Pela manhã, o Programa de Educação e SaUde da FAS apresentou resultados de uma pesquisa voltada a alunos de 1º a 5º ano do ensino fundamental, utilizando a metodologia criada pelo Governo Federal, o Provinha Brasil. O estudo revelou que a grande maioria dos 671 alunos avaliados em oito municípios do interior do Estado não apresentavam, aos 13 anos de idade, as habilidades requeridas para serem considerados alfabetizados, o que deveria ter sido consolidado aos oito anos. A pesquisa foi aplicada nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDSs) Rio Negro, Mamirauá, Cujubim, Juma, Uatumã e na Floresta Estadual (Florest) Maués.
“A Amazônia é uma região muito grande, em que muitas localidades o isolamento é o maior desafio a ser vencido por centenas de alunos. Já existem muitas soluções inovadoras, que contribuem para que tenhamos não só mais alunos nas salas de aulas, como também professores. A união de todos pode replicar isso, e o diálogo é um primeiro passo para enfrentarmos esse desafio”, avalia Virgílio Viana, superintendente geral da FAS.
Para Marcelo Mazzoli, da Unicef, a apresentação dos dados evidencia uma realidade latente, em um seminário que reUne instituições pUblicas e privadas de várias esferas.
 “Ã? preciso que haja ação voltada para educação em todas as esferas. Esse debate é muito importante porque reUne instituições de vários eixos, para discutirem um desafio que só pode ser vencido de forma conjunta: levar educação de qualidade para as comunidades ribeirinhas da Amazônia”, explicou.

Programação

Nesta sexta-feira (21), a partir das 9h, será promovida a mesa “Ã? possível enfrentar a realidade atual com as políticas pUblicas existentes?”, que contará com a presença de Bonifácio Baniwa, secretário de Estado para os Povos Indigenas do Amazonas (Seind-AM), Andrea Margit, da Fundação Roberto Marinho, Jaqueline Ferreira, da Gestão de Interesse PUblico (GIP) e Inês Kissil, coordenadora de educação do Instituto Ayrton Senna. A mesa será moderada por Nazaré Correa, do centro de Referência e Memória EJA da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
Outras duas mesas contarão experiências bem-sucedidas em educação na Amazônia, a partir das 11h. Estarão em pauta as experiências da FAS, com os NUcleos de Conservação e Sustentabilidade (NCSs); da Fundação Bradesco do Tocantins e das pedagogias de alternância no Pará e no Amazonas, na segunda mesa do dia, moderada por Phellipe Daou Jr.
A Ultima mesa contará com a moderação da Prof. Dra, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Marilene Correa, e mostrará os casos do Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (CPCD), dos projetos desenvolvidos pelo Laboratório de Psicologia e Educação Ambiental (Lapsea/Inpa), da Formação de Professores Indígenas pela Universidade Federal de Roraima (Ufrr), e da experiência com educação indígena no Rio Negro, protagonizada pelo Instituto Socioambiental (ISA).