Oficina estimula processo participativo de planejamento da educação na Amazônia - FAS - Fundação Amazônia Sustentável
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Oficina estimula processo participativo de planejamento da educação na Amazônia

Oficina estimula processo participativo de planejamento da educação na Amazônia
março 19, 2015 FAS

Oficina estimula processo participativo de planejamento da educação na Amazônia

19/03/2015

A educação na Amazônia esteve em pauta na Ultima semana, durante evento que reuniu cerca de 100 técnicos de municípios da região em Manaus. A Fundação Amazonas Sustentável (FAS), em parceria com a iniciativa De olho nos Planos/Ação Educativa e o Fundo das Nações Unidas para as Crianças (Unicef) e apoio da Samsung, promoveu a oficina “A Participação em processos de elaboração e adequação de Planos de Educação”, voltada para a criação ou revisão participativa dos planos em âmbito municipal. Participaram da iniciativa representantes de 54 municípios dos Estados do Amazonas, Maranhão, Acre, Tocantins e Pará. 
A ação envolveu técnicos municipais de educação e agentes mobilizadores da sociedade civil, e serviu de orientação para o desenvolvimento participativo dos Planos Municipais de Educação (PME). Esses documentos buscam garantir por meio de metas a qualidade do ensino em municípios, estados ou país, no período de até dez anos. A oficina teve como objetivo estimular o processo democrático na confecção do planejamento, fortalecendo a gestão e monitoramento em sua fase de implementação.
“Esse evento surgiu a partir de uma política nacional, que transformou em grande prioridade para a educação dos municípios a criação desses planos. As prefeituras devem seguir como uma orientação para o futuro, na hora tomar decisões, e é muito positivo que haja uma integração de vários atores nesse processo, as instituições, os professores, a sociedade civil”, enfatizou o superintendente geral da FAS, Virgílio Viana.
Segundo balanço feito em janeiro deste ano pelo Unicef, a maior parte dos Estados e Municípios da Amazônia não tem planos aprovados pelas respectivas Assembleias Legislativas ou Câmara de Vereadores. Dos Estados, apenas Maranhão e Mato Grosso possuem Planos Estaduais. Nos municípios, Rondônia é que apresenta melhor situação: dos 52 do Estado, 48 estão na fase de encaminhar os Planos às Câmaras Municipais. Mas, a grande maioria dos municípios da região está em fase de diagnóstico ou de consultas pUblicas.
A consultora de educação do Unicef, Daniela Silva, comenta que o envolvimento dos diversos atores traz um ganho efetivo para os planos, diretamente relacionado a qualidade de ensino. “Se os planos tiverem diagnósticos que reflitam a realidade dos municípios, com gestores envolvidos ativamente, que tenham uma escuta efetiva e participação social, podemos ter saltos generosos em relação à qualidade do ensino nessas localidades”, ressalta.
A Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprovou o Plano Nacional de Educação, estipula como um dos objetivos a existência dos planos de educação em todos os estados e municípios do Brasil até junho de 2015, e relaciona a meta diretamente a repasses de recursos federais. O secretário de Educação de São Luís, Geraldo Castro, explica que um dos grandes desafios da Amazônia é a criação dos planos no interior dos Estados.
“Na capital São Luís temos um plano em estágio final de consolidação. Acreditamos que o grande desafio da Amazônia está no interior, onde é preciso que seja feita uma força-tarefa para que todos os municípios tenham recursos garantidos via plano, e principalmente, em um planejamento inclusivo, ouvindo todos os envolvidos nesse processo”, destaca.
Programa de Educação e SaUde da FAS
O Programa de SaUde e Educação (PES) promove atividades voltadas à ampliação e qualificação da oferta de serviços de saUde e educação para as comunidades ribeirinhas, em parceria com a Samsung e o Banco Bradesco. O programa tem como estrutura de referência nas Unidades de Conservação (UCs), os NUcleos de Conservação e Sustentabilidade (NCSs), que abrigam escolas de Ensino Fundamental II e Médio. E, a partir dos NUcleos, são desenvolvidas atividades de apoio às escolas das séries iniciais do Ensino Fundamental nas RDSs, bem como ações de qualificação profissional básica para as comunidades. O programa também desenvolve ações voltadas a primeira Infância (0 a 6 anos), por meio do Projeto Primeira Infância Ribeirinha.