Projeto de conectividade garante informação e comunicação a comunidades isoladas do Amazonas - FAS - Fundação Amazônia Sustentável
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Projeto de conectividade garante informação e comunicação a comunidades isoladas do Amazonas

Projeto de conectividade garante informação e comunicação a comunidades isoladas do Amazonas
outubro 1, 2020 FAS

Projeto de conectividade garante informação e comunicação a comunidades isoladas do Amazonas

01/10/2020
Homem mexendo em notebook durante atividade prática do projeto de conectividade promovido pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS).

Na era em que vivemos, é quase impossível imaginar uma vida sem internet. É com essa ferramenta que temos acesso a informações em tempo real, utilizamos aplicativos que facilitam o cotidiano e nos comunicamos com o mundo, entre outras possibilidades que só a web nos traz. Mesmo sendo essencial, no entanto, o acesso à internet ainda é uma barreira para muitas comunidades isoladas do Amazonas. É para mudar essa realidade que a Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e a Americanas desenvolveram o projeto de conectividade digital, que leva internet para comunidades remotas do interior do Amazonas. Ao todo, o projeto já beneficia, diretamente, 1.429 pessoas em oito dos nove núcleos da fundação espalhados pelo Amazonas. 

O monitor José Cruz Lima de Lima, de 31 anos, sabe bem como a iniciativa mudou a vida dos moradores da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) de Uacari, no município de Carauari, a 787 quilômetros de Manaus. 

“Não tinha internet aqui. A gente usava só quando ia na sede do município ou em alguma comunidade onde já tinha internet instalada, mas era muito distante e raramente usávamos pelo fato de ser longe”, relembra José.

A situação é ainda mais difícil para algumas comunidades da reserva, como é o caso da comunidade Liberdade, onde vive a família de José. “Para a gente se comunicar com quem mora longe, tínhamos que viajar 1 hora e 30 minutos de rabeta para locais com rádio e telefone e, muitas vezes, não funcionava e acabávamos nem falando com quem queríamos”, relata.

Com a chegada da internet via satélite na localidade, o cotidiano dos comunitários mudou para melhor. “O projeto vem ajudando muito, principalmente no que se refere à comunicação. Usar a internet aproxima a gente dos amigos e parentes que estão distantes, isso é um ponto importante. Também nos mantemos em contato direto com membros de associações e instituições, o que é essencial. O projeto Conectividade é o que socorre com uma internet boa, onde conseguimos nos comunicar de maneira rápida e fácil”, diz o monitor.

José trabalha como monitor na Casa Familiar Rural do Campina, espaço de educação focado no campo e na floresta. O acesso à rede também o ajuda na hora de atualizar os conhecimentos e se manter informado sobre o que acontece no País e no mundo, assim como temas de interesse para a vida em comunidade.

“O acesso à informação é outro benefício que o projeto trouxe. Estamos sempre informados por meio das redes sociais para saber o que está acontecendo, realizamos pesquisas, consultas, tiramos dúvidas sobre coisas que são essenciais no dia a dia da gente. É só acessar ‘rapidinho’ e encontramos a resposta. O projeto tem facilitado muito nesse aspecto”, declara o monitor.

José afirma que a iniciativa ajudou a amenizar o problema da comunicação na região do Uacari e agradece a FAS e a Americanas pelo benefício. “Só temos a agradecer a cada um que se empenhou para trazer esse projeto para a nossa região e dizer que está sendo um sucesso. Trouxe soluções para um problema que antes era um gargalo na nossa comunidade, que era a comunicação. Facilitou muito nossas vidas”, elogia. 

Sobre o projeto

A FAS possui nove núcleos espalhados pelo Amazonas. Em cinco deles, existe acesso à internet, por conta da parceria com a Americanas que resultou no projeto de conectividade digital. A iniciativa foi lançada em 2018 e já beneficia diretamente mais de 1.429 pessoas.

Os comunitários podem acessar a internet nos Núcleos de Conservação e Sustentabilidade (NCSs), que são estruturas ligadas à floresta formadas por salas de aula, refeitório, biblioteca, alojamentos para alunos e professores e laboratório de informática. Os núcleos funcionam em parceria com a Americanas, Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), Universidade Estadual do Amazonas (UEA), prefeituras municipais e também contam com o apoio do Bradesco, Fundo Amazônia, Samsung e Petrobras.