FAS apresenta propostas para a Amazônia no Grupo Técnico de Meio Ambiente do Governo Lula - FAS - Fundação Amazônia Sustentável
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FAS apresenta propostas para a Amazônia no Grupo Técnico de Meio Ambiente do Governo Lula

FAS apresenta propostas para a Amazônia no Grupo Técnico de Meio Ambiente do Governo Lula
dezembro 8, 2022 FAS

FAS apresenta propostas para a Amazônia no Grupo Técnico de Meio Ambiente do Governo Lula

Documento com 13 propostas para uma agenda emergencial para a Amazônia foi entregue hoje, dia 08, em Brasília (DF).

08/12/2022
Grupo de pessoas participando do Grupo Técnico de Meio Ambiente do Gabinete de Transição Presidencial do Governo Lula, em Brasília.

O superintendente geral da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), Virgilio Viana, participou nesta quinta-feira, dia 8 de dezembro, em Brasília, de uma agenda com integrantes do Grupo Técnico de Meio Ambiente do Gabinete de Transição Presidencial do Governo Lula. Durante a plenária da Sociedade Civil Socioambiental e Climática, Viana entregou um documento com 13 propostas divididas em 6 eixos temáticos: ações emergenciais de segurança, erradicação da pobreza extrema, pagamento por serviços ambientais, financiamento, ampliação das unidades de conservação e governança.  

Durante a reunião, o superintendente-geral da FAS explanou algumas propostas, dentre elas a demanda por mais segurança na Amazônia e a necessidade de erradicação da pobreza extrema, sugerindo a ampliação de uma abordagem sistêmica com a implementação e monitoramento de políticas públicas, programas e projetos de maneira participativa.  

“É inadmissível que a gente tenha os guardiões da floresta convivendo com todos os tipos de pobreza, como a pobreza da falta de energia, a pobreza menstrual, dentre outras. Já há várias soluções para alguns desses problemas que mencionei e o Governo Federal pode multiplicar isso”, declara Virgilio Viana.  

No documento, a FAS também sugere a retomada e ampliação do Programa Bolsa Verde, lançado em 2011 pelo Governo Federal à época. A política foi inspirada no Programa Bolsa Floresta (atual Guardiões da Floresta), um programa de transferência de renda do Governo do Amazonas, implementado pela Fundação e condicionado à conservação ambiental.  

Entre os resultados do Bolsa Floresta, estão um aumento de mais de 200% na renda das populações locais e a redução em mais de 40%  do desmatamento. “A gente não será um país próspero se tivermos rios poluídos, ar poluído e a falta de florestas”, enfatizou Viana.  

Segundo ele, a falta de segurança nos rios da Amazônia, em especial nas calhas dos rios Solimões e Negro, “enseja uma ação do Ministério da Justiça e da Polícia Federal de grande proporção. Não é uma coisa pequena, é gigantesca. Nossas equipes estão sofrendo com a insegurança e ação de piratas, assim como toda a população da região”.   

Ainda nesse eixo de segurança, a FAS propõe um investimento pelo Governo Federal de dois bilhões por ano em infraestrutura para os órgãos de fiscalização e a criação da Secretaria Especial da Amazônia, ligada à Presidência para coordenar as diferentes instituições federais visando à proteção e o desenvolvimento da Amazônia.  

No documento, a FAS reforça que “houve uma explosão das diferentes ilegalidades nos últimos anos: garimpo; extração ilegal de madeira, pesca e caça; grilagem de terras públicas e narcotráfico. Essa realidade afeta toda a região, com variações na importância relativa dos diferentes tipos de crimes”. Também sugere a ampliação das unidades de conservação, terras indígenas e quilombolas.  

Sobre a FAS  

Fundada em 2008 e com sede em Manaus/AM, a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) é uma organização da sociedade civil e sem fins lucrativos que dissemina e implementa conhecimentos sobre desenvolvimento sustentável, contribuindo para a conservação da Amazônia. A instituição atua com projetos voltados para educação, empreendedorismo, turismo sustentável, inovação, saúde e outras áreas prioritárias. Por meio da valorização da floresta em pé e de sua sociobiodiversidade, a FAS desenvolve trabalhos que promovem a melhoria da qualidade de vida de comunidades ribeirinhas, indígenas e periféricas da Amazônia.