Projeto de Resíduos Sólidos avança na APA do Rio Negro
10/03/2014
O Projeto de Gerenciamento de Resíduos Sólidos na Ãrea de Proteção Ambiental (APA) do Rio Negro funciona a pleno vapor em nove comunidades da reserva. A iniciativa avança os rios Negro e Cuieiras, com capacitação promovida entre os dias 12 e 21 de fevereiro pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS), em parceria com a multinacional Tetra Pak. No início deste ano, as duas instituições inauguraram um centro de triagem na comunidade Três Unidos.
Desenvolvido pela FAS e Tetra Pak, o projeto tem como proposta estimular os alunos de 19 comunidades â?? que se deslocam diariamente para o NUcleo de Conservação e Sustentabilidade (NCS) Assy Manana, na comunidade Três Unidos â?? a trazer seus resíduos sólidos para prensagem, aproveitando a logística do transporte escolar. Esse processo também contribui para a destinação correta dos resíduos da própria escola, que abrange alunos de ensino Fundamental II e Médio.
Na primeira semana de atividades, entre os dias 12 e 17 de fevereiro, foi promovida uma formação com a comunidade escolar, reunindo gestores, professores e alunos da reserva. Além de explicar a dinâmica do projeto, a ação teve como objetivo lecionar na prática o uso dos maquinários, trazidos de São Paulo para prensar resíduos sólidos na própria Unidade de Conservação (UC). Diretamente envolvidos no projeto estão 17 alunos, multiplicadores da iniciativa para mais 142 docentes.
Entre os dias 17 e 21, foi feita uma visita em oito comunidades, contando com a presença da supervisora pedagógica da FAS, Venina Savedra, e do presidente da comunidade Três Unidos, o tuxaua Valdemir Triukuxuri. Em um mês de atividades, já foram prensados mais de 200kg de embalagens de plástico e de leite longa vida.
“Estamos muito contentes com o resultado inicial, já que os comunitários estão engajados em destinar seus resíduos de forma correta. O que coletamos, nesse pouco espaço de tempo, mostra muito desse envolvimento deles, que são os personagens principais dessa ação”, explica Venina.
A mobilização deve seguir na reserva. A expectativa é coletar uma tonelada de resíduos prensados até o fim deste ano. “Esperamos engajar cada vez mais ribeirinhos, e tornar a prática de coleta seletiva um hábito nessa reserva”, conclui Venina.