Ao pesquisar o termo “Amazônia” no Google, dois dos quatro principais assuntos estão relacionados a uma palavra: desflorestação. Segundo o Google Trends, ferramenta ligada à plataforma que mostra as tendências de pesquisa, numa escala de até 100 pontos, a destruição da floresta atingiu 83 no último ano. A estatística mostra um fato que nada orgulha os brasileiros: quando pensamos na Amazônia, inevitavelmente, pensamos na sua devastação.
Não é à toa. A cada ano o desmatamento e as queimadas no bioma alcançam um novo e alarmante patamar. Neste último mês de abril, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram derrubados 1.012,5 km² da floresta amazônica, um recorde para o período. Ano passado, o bioma registrou um crescimento no desmatamento de 21,97% em relação a 2020. Foi o quinto ano consecutivo de aumento na taxa segundo o INPE.
Essa realidade acaba por esconder muito dos potenciais em sociobiodiversidade da região, inclusive de como ela mesmo pode dar as respostas para problemas como o desmatamento e as queimadas. A floresta produz alternativas sustentáveis que geram renda ao mesmo tempo, em que conservam o bioma. A Fundação Amazônia Sustentável (FAS) está ao lado de muitas delas com a missão de manter a floresta em pé.
Gerar renda para reduzir desflorestação
A taxa de desmatamento e de incêndios florestais está diretamente ligada ao desenvolvimento humano. Segundo dados de 2021 do Inpe, houve uma redução de 75% nos focos de calor nas 16 Unidades de Conservação (UCs) onde a FAS atua.
É através de programas de geração de renda, cuidados com o meio ambiente e qualidade de vida das populações tradicionais que se auxiliou na conservação de mais de 11 milhões de hectares de floresta. Desde a sua criação, a FAS já transformou a vida de mais de 37 mil pessoas e, atualmente, protege 905 comunidades.
Manejo sustentável de cadeias produtivas
Apesar de muitos mitos cercarem o uso econômico do bioma, destruir não é o único caminho e definitivamente não é o mais acertado. Quando realizado corretamente, o manejo sustentável das cadeias produtivas é capaz de gerar renda e emprego, além de ser peça fundamental para a preservação das florestas.
A FAS, com o apoio de parceiros, executa projetos que investem na capacitação dos povos tradicionais, microcréditos, eficiência produtiva e aporte de tecnologias. Com isso é possível produzir, por exemplo, açaí, farinha, óleos vegetais, artesanato, turismo, aumentando a renda e gerando emprego para quem é primeira barreira de proteção da floresta — quem vive nela.
Na cadeia do artesanato, os grupos de artesãos faturaram 196% a mais ano passado do que em 2020. As receitas saíram de R$ 159 mil para mais de R$ 473 mil em 2021. Os ganhos representam cerca de R$ 3.640 de renda média para cada família que faz parte da cadeia. Já no turismo, em 2021, mais de 680 viajantes passaram pelos da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro, que é apenas um dos empreendimentos de turismo sustentável atendidos pela FAS. Ao todo, o faturamento bruto da comunidade no setor foi de mais de R$ 906 mil.
A floresta vale mais em pé
Esse desenvolvimento só é possível acreditando que a floresta vale mais em pé. Assim, reduzir e prevenir o desmatamento ilegal e as queimadas e incentivar atividades de baixa emissão de carbono na floresta amazônica tem que ser um norte para a Amazônia e todo o Brasil.
A Fundação Amazônia Sustentável atua com o apoio da Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Amazonas para realizar seus projetos e proteger quem protege a floresta. Fundada em 2008 com sede em Manaus, a FAS é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que dissemina e implementa conhecimentos sobre desenvolvimento sustentável, contribuindo para a conservação da Amazônia. A instituição atua com projetos voltados para educação, empreendedorismo, turismo sustentável, inovação, saúde e outras áreas prioritárias por meio da valorização da floresta e de sua sociobiodiversidade.
Por equipe de comunicação