Parteiras: inclusão no SUS e melhoria da qualidade da assistência ao parto domiciliar estão em discussão no Amazonas - FAS - Fundação Amazônia Sustentável
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Parteiras: inclusão no SUS e melhoria da qualidade da assistência ao parto domiciliar estão em discussão no Amazonas

Parteiras: inclusão no SUS e melhoria da qualidade da assistência ao parto domiciliar estão em discussão no Amazonas
julho 24, 2009 FAS

Parteiras: inclusão no SUS e melhoria da qualidade da assistência ao parto domiciliar estão em discussão no Amazonas

24/07/2009

Por Monick Maciel

Parteiras tradicionais de vários municípios do Amazonas, médicos, enfermeiros e autoridades do Ministério da Saúde, SUSAM, Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e do Grupo Curumim encerraram, hoje, o encontro “Parteiras Tradicionais: Inclusão e Melhoria da Qualidade da Assistência ao Parto Domiciliar no SUS”, que teve início no dia 20, na Inspetoria Laura Vicuña, no Aleixo, em Manaus.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Susam), o encontro tem como objetivo dar conhecimento aos participantes sobre o projeto de capacitação das parteiras tradicionais no Amazonas, visando o fortalecimento do vínculo entre parteiras tradicionais, profissionais de saúde e gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) para promoção da saúde e redução da morbi-mortalidade materna e neonatal no Brasil. A ação é uma estratégia do Ministério da Saúde em parceria com o Grupo Curumim, e apoio do Fundo de População das Nações Unidas e, no Amazonas, do Governo do Estado por meio da Susam.

A coordenadora da FAS, Valcléia Solidade, explica que a intenção é fazer com que as parteiras possam dizer quais as maiores dificuldades encontradas para executar o trabalho no interior do Estado, e assim montar uma estratégia de ação. “Além de fazer com que municípios e Estado possam também transformar essas estratégias em política pública, com o objetivo de que essas mulheres possam receber por esse trabalho, afinal de contas, lá nos rincões do interior, são elas que fazem os partos”, disse.

Valcléia Solidade afirma que essa temática sempre foi uma preocupação do diretor geral da FAS, Virgílio Viana, e a orientação é que a Fundação possa contribuir e fazer parcerias dentro da sua área de ação, que são as Unidades de Conservação do Estado (UC´s). Essa contribuição pode ocorrer em várias frentes, seja na capacitação, instrumentalização ou nas discussões para uma nova proposta de remuneração, como é o caso desse encontro realizado em Manaus.

De acordo com a responsável técnica pela Saúde da Mulher na Susam, Sandra Cavalcante, a população de parteiras tradicionais no Amazonas é estimada em 600 mulheres. Uma das maiores queixas delas, segundo Cavalcante, é a invisibilidade do trabalho que realizam. “O resultado desse encontro é o melhor possível, eu acho que as parteiras no estado do Amazonas, a partir deste momento, vão poder ser inseridas no sistema”, disse.

A técnica informou que foi criado um grupo para a intensificação do cadastro das parteiras, e a meta é capacitar cerca de 300 trabalhadoras até o final do ano. Entre os membros deste grupo estão Susam, FAS, Grupo Curumim, Instituto Mamirauá, profissionais das maternidades que estão se colocando à disposição, algumas parteiras, entre outros. Ele informou, ainda, que até o final do ano ocorrerá, em Brasília, um encontro nacional de parteiras tradicionais.