É sexta-feira e depois de um dia quente de trabalho você resolve tomar um açaí. No final de semana, junta-se com a família e aprecia um delicioso filé de pirarucu. Mas muito provavelmente nem passou por sua cabeça todos os processos que fizeram com que essas iguarias da bioeconomia amazônica chegassem a sua casa.
Quando se trata de Amazônia, a bioeconomia é um caminho importante para estimular o desenvolvimento sustentável, manter a floresta em pé e gerar empregos, em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em um levantamento disponibilizado pela FAS sobre o Programa Bolsa Floresta, constatou-se que, entre os anos de 2016 e 2019, as iniciativas produtivas sustentáveis no Amazonas geraram R$ 70,9 milhões. O grupo de iniciativas é formado por nove cadeias produtivas e três atividades econômicas sustentáveis desenvolvidas em 16 unidades de conservação.
Principais iniciativas produtivas sustentáveis da Amazônia
- Farinha
- Pirarucu
- Banana
- Agricultura familiar
- Turismo
- Castanha
- Açaí
- Óleos Vegetais
- Cacau
- Artesanato
Fonte: levantamento de produção do Programa Bolsa Floresta entre 2016 e 2019
Bioeconomia que mantém a floresta em pé
Manter a floresta em pé traz benefícios econômicos para quem depende dela para viver. Isso ocorre pois os programas e projetos que aliam desenvolvimento econômico e preservação ambiental têm potencial para superar atividades ilegais e predatórias.
A pesca controlada, por exemplo, tirou o pirarucu, iguaria amazônica, da ameaça de extinção na Amazônia. O manejo sustentável permitiu que o produto se tornasse fonte de renda para 217 famílias que residem em 11 comunidades da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, com um faturamento bruto de mais de R$423 mil só em 2021.
“Temos urgência em realizar mudanças no cenário amazônico, e a bioeconomia, um conjunto de atividades econômicas relacionadas às cadeias produtivas baseadas no manejo e cultivo da biodiversidade amazônica, é um dos pontos de partida dessa mudança. Por meio dela agregamos valor e podemos gerar impactos positivos para o desenvolvimento local sustentável, é um trabalho que precisa abranger a população em geral”, explica Virgilio Viana, superintendente Geral da Fundação Amazônia Sustentável.
Por Equipe de Comunicação