A comunidade Três Unidos, localizada na Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Negro, foi o local escolhido para sediar a 1.ª Oficina de Planejamento Estratégico da Agenda Indígena da Fundação Amazônia Sustentável (FAS).
O evento reuniu, nos dias 8 e 9 de junho, 12 organizações indígenas dos estados do Amazonas, Pará e Rondônia de 10 povos diferentes. Também participaram o Superintendente Geral da FAS, Virgílio Viana, a supervisora da Agenda Indígena da FAS, Rosa dos Anjos, e outras autoridades.
O objetivo da oficina foi a criação de um plano colaborativo, de médio e longo prazo, visando levantar as demandas estruturadas dos povos indígenas da Amazônia, para nortear ações estratégicas da Fundação nos diferentes territórios.
Durante o encontro as lideranças puderam conhecer os programas FAS, além dos projetos e iniciativas da Agenda Indígena, que visam o enaltecimento da cultura e da identidade dos povos indígenas, contribuindo para a conservação ambiental através da valorização da floresta em pé e o bem viver dos povos indígenas.
Para o cacique da Comunidade Nova Esperança, Reinaldo Souza, o encontro com outras lideranças foi uma oportunidade de aprendizado.
“Essa oficina foi muito produtiva, esperamos que as metas traçadas saiam do papel e se concretizem, para a melhoria de nossa comunidade, de nosso território, da nossa gente”, comentou.
Na avaliação da coordenadora da Makira-Êta (Rede de Mulheres Indígenas do Estado Amazonas), Socorro Baniwa, as populações indígenas e os povos tradicionais precisam ser ouvidos.
“A participação de organizações de diferentes regiões, como, por exemplo, Vale do Javari, Apurinã, Mura, e até mesmo outros estados, é importante para trazer a realidade de cada povo e as demandas que cada um traz para somar na implementação desse planejamento que será desenvolvido pela FAS”, ressalta Baniwa.
Para o superintendente de Inovação e Desenvolvimento Institucional da FAS, Victor Salviati, as metas traçadas vão além da questão de empoderamento, mas estão relacionadas à saúde, educação e empreendedorismo.
“Esse plano vai dar origem a novos projetos que vão originar resultados importantes para a conservação da Amazônia e da proteção dos povos da floresta”, comentou Salviati.
A oficina teve apoio técnico da Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) e financiamento da Embaixada da Irlanda.
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