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E a data para dar o pontapé neste projeto não poderia ser mais simbólica. Hoje, 8 de fevereiro, a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) completa 14 anos.
Aniversário é sempre um momento de olhar para o passado com gratidão, vislumbrando um futuro com mais esperança. Futuro esse que só é possível graças ao esforço e apoio de cada colaborador, voluntário, ativista e parceiro que acredita no nosso trabalho e nos ajuda a construir a FAS que idealizamos.
Em 14 anos de história, contribuímos diretamente para a conservação de mais de 11 milhões de hectares da floresta Amazônica e beneficiamos mais de 41.000 pessoas por meio de nossos programas e projetos.
Atuamos em momentos cruciais do Amazonas, como na articulação da chamada “Aliança Covid-Amazônia”, uma iniciativa que contou com o apoio de 129 parceiros, beneficiando mais de 124 mil famílias, o que impactou diretamente mais de 510 mil pessoas em 55 municípios do Estado. Toda a mobilização da “Aliança Covid-Amazônia” foi pensada para apoiar a população vulnerável, principalmente os povos indígenas e tradicionais de locais remotos que já sofrem com a falta de serviços básicos. Estamos felizes com os números alcançados, mas a pandemia não acabou.
O trabalho de implementar ações práticas de assistência social e de fomento à bioeconomia amazônica, dentro de uma abordagem sistêmica, para as comunidades da Amazônia profunda continua. Desde 2008, implementamos programas e projetos voltados para a redução da pobreza extrema na Amazônia. Em 2022, focaremos ainda mais nisso.
Outra prioridade para a FAS é a redução do desmatamento e das queimadas na floresta amazônica. É necessário alcançarmos o desmatamento zero com a maior urgência possível! O Brasil responde por 60% da Bacia Amazônica e lidera o ranking de perda de área da floresta, com 457.237 km² de área desmatada entre 1988 e 2020. Segundo o último relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o Brasil perdeu 1,5 mil de km² de floresta a cada ano, liderando o ranking global de perda de cobertura florestal no período de 2010 a 2020.
Em paralelo a esses números assustadores, uma esperança: dados mais recentes sobre queimadas no Amazonas mostram que nas 16 Unidades de Conservação (UCs) onde a FAS atua houve uma redução de 75% nos focos de calor em comparação com 2020. A redução foi maior que a média registrada no estado do Amazonas, de 45% no mesmo período.
Apesar dos avanços, os desafios não ficaram menores; ao contrário, alguns se tornaram ainda mais urgentes. Precisamos ampliar nosso leque de parcerias para continuar juntos defendendo o compromisso de perpetuar a Amazônia viva, com todos e para todos!
Por tudo isso, acreditamos que o Blog da FAS representará um espaço para a troca de ideias e aprofundamento sobre os grandes desafios da atualidade na Amazônia.
Superintendente Geral e fundador da FAS