É cada vez mais evidente que estamos vivenciando eventos climáticos extremos, como as fortes chuvas que vêm acontecendo por todo o país. Ações emergenciais e políticas públicas eficazes são necessárias para o enfrentamento desse cenário.
Em 8 de fevereiro de 2023, 25 cidades brasileiras estavam em situação de emergência, especialmente na região Sul do país, de acordo com lista publicada no Diário Oficial da União. Ainda em fevereiro, os impactos das chuvas no litoral de São Paulo dominaram a pauta na imprensa nacional, ao deixar mais de 40 mortos, além de mais de 2,5 mil pessoas desabrigadas.
Mais recentemente, no último domingo, 12 de março, foi a vez da capital amazonense ser palco de um desses eventos climáticos extremos: as chuvas torrenciais que desabaram sobre a cidade causaram deslizamentos de terra em Manaus, mais especificamente na zona Leste da cidade, no bairro Jorge Teixeira, deixando ao menos oito pessoas mortas.
Todos esses casos, ora de muita chuva ora de muita seca, estão ficando cada vez mais frequentes e mais violentos, como consequência das mudanças climáticas que o mundo vem sofrendo. Com isso, é necessário trabalharmos rapidamente na redução das emissões que causam essas mudanças, ou seja, as queimadas na Amazônia e outras fontes de poluição do ar que afetam diretamente o nosso planeta.
Infelizmente, casos como o deslizamento de terra em Manaus fazem parte daquilo que a ciência prevê, mas o que pode ser feito em relação a essas mudanças? Precisamos implementar com urgência a agenda que chamamos de adaptação e mitigação às mudanças climáticas.
Em outras palavras, é preciso preparar todas as cidades e comunidades para um novo mundo que já chegou, o mundo da mudança do clima.
Além do mais, tudo isso que vem ocorrendo é particularmente cruel e injusto com os mais pobres. Ainda que todos sejam afetados, essas populações mais vulneráveis são aquelas que recebem esse impacto de forma mais violenta, o que acaba despertando um sentimento de desesperança e sofrimento nas vítimas por todo o país.